UOL


São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

BEM PAGOS

Trainees de grandes companhias costumam ganhar bem, mas seleções são muito severas

Novatos conquistam salários de veteranos

SILVIA BASILIO RIBEIRO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Para ganhar o posto de trainee de marketing da Nívea, Luiz Villela Borges, 25, enfrentou concorrência de 2.750 candidatos por vaga. O esforço foi recompensado com um salário de R$ 3.200 mensais. "Para justificar o valor, tenho de ter bom desempenho", diz.
Como os trainees de hoje são os gerentes e diretores de amanhã, políticas salariais agressivas entram em jogo quando se fala em programas de treinamento. Nas multinacionais, os salários podem superar R$ 3.000. Mas a média fica entre R$ 2.500 e R$ 2.800. Bancos estrangeiros e empresas de bens de consumo encabeçam o ranking dos melhores salários.
Já no caso dos estagiários, o orçamento é mais apertado. Quem ainda cursa o ensino médio recebe bolsa-auxílio de R$ 400 a R$ 1.000, enquanto os que já estão na faculdade, de R$ 700 a R$ 1.800. Seguro de vida é garantido por lei.
No entanto, ao avaliar uma oportunidade, o recém-formado deve pesar também outros benefícios, como participação nos lucros e possibilidade de crescimento na organização. É comum o pacote para trainees incluir assistência médica e odontológica, vale-refeição e vale-transporte.
Entre as vantagens mais cobiçadas em tempos de reforma da Previdência estão os planos de aposentadoria complementar. Carolina Rocha, 25, trainee da Parmalat, aderiu ao fundo privado depositando R$ 50 por mês. "Quanto mais cedo contribuir, maior a renda no futuro."
Ainda no que se refere ao bolso do trainee, destacam-se cooperativas de crédito, como a da Basf, cujos empréstimos saem com juros especiais. No Unibanco, um atrativo são os depósitos mensais de R$ 500 feitos em nome do trainee ao longo de cinco anos.
Outro aspecto lembrado por Denise Hind Kamel, sócia da consultoria de RH Selectus, é que a preocupação das empresas com qualidade de vida cresceu. Ginástica laboral, academia subsidiada e clube para funcionários são alguns dos novos benefícios corporativos atualmente em alta.
Felipe Barreiro, 24, trainee do Citibank, pagou a academia no primeiro semestre com recursos do programa Free Choice, que disponibiliza R$ 800 por ano aos profissionais em treinamento para gastos com qualidade de vida.
Shiatsu no trabalho também estimula. "O desempenho melhora após a sessão", diz Magda Alves, 19, estagiária da RM Sistemas.


Texto Anterior: Onde Buscar Emprego: "Sem-vaga" apela para a internet e para os amigos
Próximo Texto: Currículo: Iniciativa compensa inexperiência
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.