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A principal função tanto de estagiários como de trainees é aprender, mas ambos os profissionais costumam ser integrados nas equipes de trabalho das empresas. Sua época de servir cafezinho e tirar xerox já ficou para trás.
"Claro que isso ainda pode acontecer, mas todo mundo tem de aprender tudo, de tirar cópia a participar de projetos. Faz parte do processo", afirma Denys Monteiro, vice-presidente da Fesa.
O estagiário, que não costuma ter carga de cursos tão intensa quanto o trainee, é mais propenso a esse tipo de situação. Mas isso está mudando, e algumas empresas já adotam, no estágio, o modelo dos programas de trainee.
Preocupado em desmitificar a visão de que o estagiário é usado como mão-de-obra barata nas empresas, o BankBoston criou três opções de estágio, adaptáveis às necessidades dos estudantes: de quatro, seis ou oito horas.
O banco, que já teve programas de trainee e de estágio, desativou o primeiro. "Percebemos que só efetivávamos nossos próprios estagiários no programa de trainee. Resolvemos investir mais no estágio", diz Patrícia Silvestre, superintendente de RH da empresa.
O trainee, por sua vez, é um funcionário regular, com direitos e benefícios iguais aos dos demais colegas. A diferença é que ele passa por grande carga de cursos.
Além disso, num primeiro momento, costuma fazer uma "job rotation", passando por diversas áreas na companhia. Na outra fase, ele é fixado em um setor e desenvolve um projeto, geralmente sugerindo alguma melhoria.
Juliana Custódio Pereira, 24, fez o programa de trainee da Ford aos 21 anos e conta que participou de um dos maiores projetos da empresa. "Ajudei o supervisor a coordenar." Hoje, é analista de sistemas da montadora. (RGV)


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