São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008 |
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FOGO AMIGO Para evitar atritos, novo chefe deve escutar time
Comunicação clara é fundamental para ser bem recebido pela equipe
MARIA CAROLINA NOMURA DA REPORTAGEM LOCAL Logo depois de se formar em relações internacionais, Luana Akemi foi contratada para gerenciar uma equipe em que o mais jovem funcionário tinha de experiência o que ela tinha de idade: 22 anos. Hoje, aos 27 anos e em função executiva, ela conta que não foi fácil chegar de cara como líder. Mas, aos poucos, aprendeu a trabalhar com as pressões do cargo e as ansiedades e as expectativas da equipe. Essas são preocupações naturais do time, segundo a consultora de gestão de talentos da Watson Wyatt Worldwide, Jucila Gosling. "A saída do gestor gera insegurança na equipe." A consultora diz que como os subordinados não sabem quem será o novo chefe e quais mudanças serão feitas, é importante o líder tranqüilizá-los e conhecer a cultura da firma antes de direcionar sua metodologia de trabalho. Exercício de poder Mas há chefes que não sabem conquistar espaço na equipe e usam o poder inerente à função para impor novas vontades e metas, segundo Maria de Fátima Ohl Braga, sócia-diretora da Ohl Braga Consultoria. Para ela, isso mostra imaturidade e insegurança. "Há outras maneiras de expor metas e deixar clara a forma de trabalhar, que não a imposição." A comunicação clara e transparente com os subordinados foi a tática adotada pela gerente de compras J.S., 33, que preferiu não se identificar. "Ao chegar à empresa, procurei entender as oportunidades de melhoria que eles propunham, de forma que, à medida que desenvolvesse projetos na área, tivesse a aderência deles." Conhecer os processos da empresa antes de tomar medidas drásticas também foi fundamental para desenvolver a confiança do time, conta ela. Para o chef Dinesh Rajput, 36, que gerencia a cozinha do restaurante Govinda, em São Paulo, a confiança entre ele e a equipe nasceu naturalmente. "É importante manter um bom relacionamento com todos." Mas não é só com as expectativas da equipe que o novo chefe tem de se preocupar. Luiz Concistré, consultor da DBM, destaca que o líder deve estabelecer com o seu superior quais são as suas metas. "É muito importante evitar objetivos difusos, como "dar mais dinamismo à área". Ele precisa saber o que é esse dinamismo", destaca Concistré. Próximo Texto: Pisando em ovos Índice |
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