São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

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NUTRIÇÃO

Da indústria à academia, cresce o cuidado com a alimentação

Depois de alguns anos estagnada, a área de nutrição abre o seu leque

CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

São 344 cursos de graduação, cerca de 7.000 formados por ano e 54 mil nutricionistas no mercado. Apesar de números tão expressivos -do Ministério da Educação e do CFN (Conselho Federal de Nutricionistas)-, especialistas consultados pela Folha indicam que a nutrição continua em alta.
Depois de alguns anos estagnada, a área abriu o seu cardápio e passou a ser importante não só em restaurantes, hotéis e escolas mas também em indústrias, na fitoterapia (tratamento com uso de plantas), em hospitais e em academias.
"O mercado não será bom só para daqui a cinco anos mas para várias décadas", prevê Antônio Augusto Garcia, coordenador da unidade técnica do CFN.
O setor público tem sido um dos maiores empregadores, depois que o governo federal passou a incorporar nutricionistas em seus programas sociais. Garcia cita alguns: "Há o programa de alimentação escolar, o núcleo de apoio à saúde da família, o programa de alimentação do trabalhador". E dá um exemplo: "Quem trabalha em siderurgia precisa ingerir mais de 5.000 calorias por dia, quando a média é 2.000".
"Estamos num momento de valorização da alimentação saudável e da medicina preventiva", diz Garcia.
A valorização se confirma pela resolução 167, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, publicada no "Diário Oficial" da União em janeiro, que obriga todos os planos de saúde do país a oferecerem o serviço do nutricionista aos usuários.
Uma das áreas com maior oferta de vagas é a UAN (unidade de alimentação e nutrição), em que os nutricionistas também atuam como administradores e pensam inclusive nos custos dos alimentos para as empresas. A paulistana Caroline Savioli, 31, recém-formada em nutrição, fez seis meses de estágio na área e foi efetivada quando ainda estava no último período da faculdade.
A vestibulanda Natalia Golin, 17, prestará nutrição pensando no bom momento da carreira. "Considero um campo em crescimento devido à grande procura por uma melhor qualidade de vida nos dias de hoje, onde há um aumento de problemas como anorexia, bulimia e obesidade."
O curso inclui matérias sobre o corpo humano e os alimentos, passando por psicologia, antropologia, economia e administração.


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