São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

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COMPUTAÇÃO

Empresas vão às faculdades para recrutar profissionais

Análise de sistemas e ciência da computação são os cursos mais promissores

FLORA RANGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O cenário atual é oportuno para as carreiras de TI (tecnologia da informação). As principais graduações na área são ciência da computação e análise de sistemas -que também recebe o nome de sistemas de informação.
Os dois cursos têm disciplinas em comum. Mas a ciência da computação é mais voltada à pesquisa tecnológica e à área acadêmica, com peso maior em disciplinas como matemática e física. A análise de sistemas foca no mercado e inclui também aulas de administração e direito, por exemplo.
Na dúvida, John Wilder, 19, tentará ciência da computação na Unicamp, análise de sistemas na Fatec e sistemas de informação na USP. "Aposto na abrangência e no retorno financeiro dessas carreiras."
Segundo o Ministério do Trabalho, a computação foi a área que mais empregou no país entre 2005 e 2008. A Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) identifica um déficit, hoje, de 20 mil profissionais de software -e de 200 mil até 2012.
A demanda é tanta, que as empresas têm ido às universidades em busca de talentos, e estágios podem virar empregos. "O presidente da IBM para a América Latina, Rogério Oliveira, é ex-aluno da primeira turma de ciência da computação da Unicamp. De tempos em tempos, a empresa vem "arrastar" alunos", conta Ricardo Anido, presidente da Sociedade Brasileira de Computação e professor da Unicamp.
O recém-formado Vinícius Campos, 24, conseguiu um estágio na multinacional EDS quando a empresa foi recrutar funcionários na USP, onde ele estudava. Hoje, ele é analista de sistemas júnior da UOL.
Mesmo com bons salários -após um ano de formado, o profissional chega a ganhar R$ 5.000-, "as carreiras tecnológicas saíram de moda", lamenta o diretor de operações da Ci&T, Bruno Guiçardi. A relação candidato/vaga de ciência da computação na USP, por exemplo, caiu de 36,6 para 20,1, entre 2002 e 2008.


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