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COMPUTAÇÃO
Empresas vão às faculdades para recrutar profissionais
Análise de sistemas e ciência da computação são os cursos mais promissores
FLORA RANGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O cenário atual é oportuno
para as carreiras de TI (tecnologia da informação). As principais graduações na área são
ciência da computação e análise de sistemas -que também
recebe o nome de sistemas de
informação.
Os dois cursos têm disciplinas em comum. Mas a ciência
da computação é mais voltada à
pesquisa tecnológica e à área
acadêmica, com peso maior em
disciplinas como matemática e
física. A análise de sistemas foca no mercado e inclui também
aulas de administração e direito, por exemplo.
Na dúvida, John Wilder, 19,
tentará ciência da computação
na Unicamp, análise de sistemas na Fatec e sistemas de informação na USP. "Aposto na
abrangência e no retorno financeiro dessas carreiras."
Segundo o Ministério do Trabalho, a computação foi a área
que mais empregou no país entre 2005 e 2008. A Softex (Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro) identifica um déficit, hoje,
de 20 mil profissionais de software -e de 200 mil até 2012.
A demanda é tanta, que as
empresas têm ido às universidades em busca de talentos, e
estágios podem virar empregos. "O presidente da IBM para
a América Latina, Rogério Oliveira, é ex-aluno da primeira
turma de ciência da computação da Unicamp. De tempos em
tempos, a empresa vem "arrastar" alunos", conta Ricardo Anido, presidente da Sociedade
Brasileira de Computação e
professor da Unicamp.
O recém-formado Vinícius
Campos, 24, conseguiu um estágio na multinacional EDS
quando a empresa foi recrutar
funcionários na USP, onde ele
estudava. Hoje, ele é analista de
sistemas júnior da UOL.
Mesmo com bons salários
-após um ano de formado, o
profissional chega a ganhar
R$ 5.000-, "as carreiras tecnológicas saíram de moda", lamenta o diretor de operações
da Ci&T, Bruno Guiçardi. A relação candidato/vaga de ciência da computação na USP, por
exemplo, caiu de 36,6 para 20,1,
entre 2002 e 2008.
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