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ARQUITETURA
Obras públicas e setor de turismo empregam mais
Classe média também passou a fazer reforma com arquiteto
FLORA RANGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A classe média passou a gastar mais para reformar a casa,
aumentaram os contratos para
habitações populares construídas com recursos públicos, o
turismo do Nordeste está em
alta e a Copa do Mundo de 2014
vai exigir investimentos em infra-estrutura. Todos esses fatores, segundo especialistas, favorecem o mercado de trabalho
para os arquitetos.
Para o presidente da Federação Nacional de Arquitetos e
Urbanistas, Ângelo Arruda, o
PAC (Programa de Aceleração
do Crescimento), do governo
federal, aqueceu o mercado.
"Os contratos de serviços públicos de arquitetura para a população de baixa renda têm
crescido consideravelmente."
Ainda lembra que, além do
setor público, ainda há espaço
na arquitetura de interiores e
no setor de turismo.
O presidente do Crea-MG
(Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais), Gilson
Queiroz, diz que, por conta da
Copa do Mundo de 2014, no
Brasil, será preciso investir em
saneamento básico, água e
energia, gerando contratações.
Dez anos
"Esta onda de crescimento
deve durar pelo menos dez
anos", estima Arruda. Para ele,
a maior carência de arquitetos,
a curto prazo, é em cidades de
20 mil a 100 mil habitantes.
Tatiana Fló Cosenza, 25, que
se formou em arquitetura pelo
Mackenzie, em 2005, aproveita
o bom momento do mercado.
Depois de cursar uma pós-graduação em design de interiores,
em Milão, na Itália, ela voltou
ao Brasil em março e logo conseguiu emprego no escritório
Maria Fernanda Nascimento
Arquitetura e Interior Design.
"Acredito em interiores, pois
percebo que as pessoas procuram, cada vez mais, profissionais qualificados para realizar
reformas em casa ou em espaços comerciais."
Segundo ela, nem sempre os
escritórios assinam carteira de
trabalho e, geralmente, paga-se
por hora; já nas construtoras, o
salário tende a ser maior, e há
benefícios trabalhistas. "A remuneração melhorou, desde
que me formei", completa.
A vestibulanda Letícia Tambellini Citro, 21, pretende ser
uma profissional autônoma.
"Escolhi a profissão porque
gosto de criar." Ela quer entrar
na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), da USP, cuja relação candidato/vaga, no
vestibular 2008, foi de 16,73.
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