São Paulo, domingo, 21 de setembro de 2008

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ARQUITETURA

Obras públicas e setor de turismo empregam mais

Classe média também passou a fazer reforma com arquiteto

FLORA RANGEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A classe média passou a gastar mais para reformar a casa, aumentaram os contratos para habitações populares construídas com recursos públicos, o turismo do Nordeste está em alta e a Copa do Mundo de 2014 vai exigir investimentos em infra-estrutura. Todos esses fatores, segundo especialistas, favorecem o mercado de trabalho para os arquitetos.
Para o presidente da Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas, Ângelo Arruda, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), do governo federal, aqueceu o mercado. "Os contratos de serviços públicos de arquitetura para a população de baixa renda têm crescido consideravelmente."
Ainda lembra que, além do setor público, ainda há espaço na arquitetura de interiores e no setor de turismo.
O presidente do Crea-MG (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais), Gilson Queiroz, diz que, por conta da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, será preciso investir em saneamento básico, água e energia, gerando contratações.

Dez anos
"Esta onda de crescimento deve durar pelo menos dez anos", estima Arruda. Para ele, a maior carência de arquitetos, a curto prazo, é em cidades de 20 mil a 100 mil habitantes.
Tatiana Fló Cosenza, 25, que se formou em arquitetura pelo Mackenzie, em 2005, aproveita o bom momento do mercado. Depois de cursar uma pós-graduação em design de interiores, em Milão, na Itália, ela voltou ao Brasil em março e logo conseguiu emprego no escritório Maria Fernanda Nascimento Arquitetura e Interior Design. "Acredito em interiores, pois percebo que as pessoas procuram, cada vez mais, profissionais qualificados para realizar reformas em casa ou em espaços comerciais."
Segundo ela, nem sempre os escritórios assinam carteira de trabalho e, geralmente, paga-se por hora; já nas construtoras, o salário tende a ser maior, e há benefícios trabalhistas. "A remuneração melhorou, desde que me formei", completa.
A vestibulanda Letícia Tambellini Citro, 21, pretende ser uma profissional autônoma. "Escolhi a profissão porque gosto de criar." Ela quer entrar na FAU (Faculdade de Arquitetura e Urbanismo), da USP, cuja relação candidato/vaga, no vestibular 2008, foi de 16,73.


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