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RELAÇÕES PÚBLICAS
Profissional cuida da reputação das empresas
Função tornou-se mais estratégica e valorizada nos últimos anos
CRISTINA MORENO DE CASTRO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
As relações públicas são como uma cesta básica, tão importante quanto feijão e arroz,
para o país, as empresas e as
pessoas. Quem "vende essa
idéia" -no jargão da área- é
Paulo Nassar, diretor-geral da
Aberje (Associação Brasileira
de Comunicação Empresarial).
O profissional que coordena
essa área responde pela comunicação interna com os funcionários da empresa, assessoria à
imprensa e busca de políticas
de integração com todos os outros públicos que se relacionam
com a instituição.
As maiores empresas instaladas no Brasil incorporaram essa "cesta básica" em seu quadro
estratégico de uns anos para cá,
aumentando as contratações e
os salários do setor.
Segundo pesquisa inédita feita pela Aberje com essas empresas, analistas de comunicação ganham em média por mês
R$ 2.800 -enquanto o salário
de diretores da área costuma
superar os R$ 30 mil mensais.
"Quem cuida da comunicação organizacional é responsável pela gestão da imagem e da
reputação da empresa. E isso
hoje é irreversível. Esse boom
não é só uma tendência de moda", diz a professora de comunicação empresarial da ESPM,
Isolda Cremonine.
Graduado em jornalismo,
mestre e doutor em relações
públicas pela USP, Nassar quer
deixar claro que o que está em
alta é todo o campo em que vários profissionais -inclusive os
relações-públicas- atuam: o da
comunicação de organizações.
Mas, para quem quiser pegar
o bonde na frente, o curso de
relações públicas facilita o ingresso no setor. "Quem faz o
curso em nível de graduação já
começa com uma vantagem
competitiva, com sua formação
no campo da atividade relacional. Quem não teve essa formação está procurando ter já num
nível de pós-graduação", diz.
Formado em 2006, o paulistano Bruno Carramenha, 23, é
exemplo dessa vantagem. Ele
faz estágios desde o primeiro
ano de faculdade e nunca esteve desempregado. Hoje trabalha na agência de relações públicas LVBA, que atende a empresas do porte de Nokia, Warner e Bayer. Ele afirma que a situação dos colegas também é
boa. "Do meu grupo da faculdade, todos estão empregados."
Os estudantes costumam
aprender noções de administração, psicologia social, marketing, opinião pública e recursos humanos -currículo que
atraiu Milena Cândido, 18. Ela
trocou artes cênicas por relações públicas. "Acho que terei
mais oportunidades."
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