S?o Paulo, domingo, 21 de novembro de 2010

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MTE 80 anos

Desafio será qualificar trabalhador brasileiro, diz ministro

MARCOS DE VASCONCELLOS
DE SÃO PAULO

O ministro do Trabalho e Emprego e presidente do PDT, Carlos Lupi, falou com exclusividade à Folha sobre os 80 anos do ministério. Abordou desafios da pasta no futuro governo Dilma, política salarial e problemas da Previdência, entre outros. Leia a íntegra da entrevista no Blog Carreiras (carreiras.folha.blog.uol.com.br).

 

Folha - O senhor se comprometeu a transformar em lei a política de valorização do salário mínimo, cuja meta para 2012 é (o salário de) R$ 606. Por que, então, tanta polêmica sobre o reajuste para 2011?
Carlos Lupi
- Esses R$ 606 seriam decretados de 2011 para 2012. O problema é que nós tivemos o PIB negativo em 2009, isso faz o crescimento [do salário] pequeno.
O Congresso já definiu que o valor será de, no mínimo, R$ 540, mas as centrais [sindicais] querem R$ 580 e agora estamos negociando.
Em dez ou 15 dias a negociação deverá terminar. O campo médio é possível, entre R$ 550 e R$ 560.

Dados do Censo 2010 apontam envelhecimento da população. É hora de rever as leis da aposentadoria?
O problema [da Previdência] é que a Constituição de 1988 colocou, corretamente, 8 milhões de trabalhadores rurais que nunca contribuíram para a Previdência recebendo aposentadoria.
Se colocar esses 8 milhões de aposentados na conta do Tesouro Nacional, a Previdência é superavitária.

Qual o maior desafio da pasta no governo Dilma?
O desafio é encontrar mecanismos que qualifiquem rapidamente, com eficiência, o trabalhador. Setores estão com gargalos insuperáveis.


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