São Paulo, domingo, 21 de dezembro de 2008

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CINCO HISTÓRIAS

carreira própria

Sociólogo busca emprego para deixar estigma de filho do dono

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Tudo caminhava para o óbvio: o filho do dono de uma das maiores indústrias de eletrodomésticos seria um dos sucessores naturais. No entanto, essa opção não agradava ao sociólogo João Prosdócimo Neto, 40.
Após estagiar na companhia, sentiu o peso do nome. "Era o estigma de ser filho do patrão."
A experiência, porém, rendeu frutos. O contato com o ambiente corporativo e os colaboradores despertou a vontade de estudar sociologia.
Foi para os EUA, onde era um "joão-ninguém". "Aqui, meu sobrenome abria portas, e não era isso o que eu queria."
Ficou por lá de 1991 a 1997, período em que, diz ele, houve grande amadurecimento.
Contudo, na volta ao Brasil, não conseguiu recolocação. Foi parar na empresa do pai.
Permaneceu até 2003 como gerente de operações. Naquele ano, porém, decidiu mudar. "Não me enxergavam. Viam a história de outro, não a minha."
Ingressou num MBA e assumiu o cargo de gerente de novos negócios na Dtcom. Virou gerente comercial. Em 2005, era gerente de marketing.
Nesse processo, saiu da zona de conforto, o que o obrigou a se expor e a "medir as palavras". Mas diz não se arrepender. Em 2007, recebeu uma das principais premiações do país.
"Não tem volta", diz ele sobre um possível retorno à empresa do pai. "Pior do que ser demitido é voltar [para a empresa do pai] e me sentir um fracasso."


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