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concurso pessoal
Aos 22 anos, matemático desafia probabilidades e passa no TCU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Apesar da aprovação em 5
dos 6 concursos que prestou,
Rafael Neira, 22, desanimou ao
não se ver entre os selecionados ao cargo de analista de finanças da Controladoria Geral
da União. Eram 55 candidatos
por vaga em Rondônia.
Já havia garantido aprovação
na Secretaria de Educação de
Rondônia -onde trabalhou entre 2004 e 2007, por um salário
de R$ 600-, na Universidade
Federal de Rondônia, no Tribunal Regional Eleitoral, no Tribunal Regional Federal e no
Ministério Público da União.
"Minha autoconfiança caiu
depois disso", resume o matemático. "Imaginava: "Se eu não
passei na CGU, também não
vou passar no TCU [Tribunal
de Contas da União], meu verdadeiro desejo"." Seu objetivo
era ser analista de controle externo, com salário de R$ 9.144.
Mesmo assim, desdobrou-se
nos estudos. Foram dez horas
diárias por 45 dias -de manhã,
com livros de contabilidade e
finanças; à tarde, debruçava-se
sobre auditoria governamental
e administração pública; à noite, direito. Dessa vez, haveria
131 concorrentes por vaga.
Tirava dúvidas em fóruns na
internet e foi fazer o exame.
"Pensei que, já que não passaria
mesmo, responderia à prova
sem receio, arriscando ao máximo, mas mantendo a responsabilidade e o bom senso."
A aprovação, segundo ele, foi
uma surpresa. "Estou feliz, comecei no novo emprego há
pouco mais de um mês."
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