S?o Paulo, domingo, 23 de janeiro de 2011 |
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ANÁLISE Companhias e governo podem ajudar a diminuir índice de fumantes no país VERA LUIZA DA COSTA E SILVA ESPECIAL PARA A FOLHA Pesquisas realizadas entre 2004 e 2010 com mais de 70 mil trabalhadores segurados pela SulAmérica no país mostram que velhos fatores ainda põem em risco a saúde de homens e mulheres. Apesar do pequeno período analisado e das metodologias distintas, esses trabalhadores parecem mostrar tendências semelhantes aos da população brasileira frente às estimativas nacionais do Ministério da Saúde. Há indícios de que, com o aquecimento da economia, classes sociais mais baixas e com menor escolaridade tenham entrado no mercado trazendo proporção maior de fumantes e de usuários abusivos de álcool do que os encontrados na população geral. Isso justificaria maior exposição a esses fatores de risco -tabagismo e alcoolismo. Políticas de controle do tabagismo e, em alguns Estados, leis de ambientes de trabalho livres de fumo podem ter levado a um efeito oposto com redução da proporção de fumantes que já estava no mercado neutralizando o aumento que teria sido gerado com a entrada do novo grupo, o que não ocorreu com o caso do álcool. Dados nacionais e globais mostram que o tabagismo responde por 9% das mortes e o álcool por 3,5%, o que aponta para a necessidade de uma regulação maior. Eles também indicam que uma política de saúde empresarial voltada para a prevenção possivelmente reduz a exposição do trabalhador ao risco, mas as mudanças de mercado e as políticas públicas também podem influenciar essa análise. Esse processo precisa ser apoiado pelo governo. Quando o Estado exerce seu papel, todos ganham; quando ele se limita, todos perdem. VERA LUIZA DA COSTA E SILVA é doutora em saúde pública e consultora da OMS (Organização Mundial da Saúde) Texto Anterior: Tendência é oferecer tratamento Próximo Texto: Foco: Programas são perenes e gratuitos Índice | Comunicar Erros |
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