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Comportamento de "predação' já é malvisto por companhias
DA REPORTAGEM LOCAL
A competição pode ser um
motivador e trazer benefícios
conjuntos para funcionários e
empresa ou pode implicar a
destruição dos relacionamentos entre colegas de trabalho.
"O problema não é a existência da competição interna. É o
caráter que ela assume", pontua o professor Wanderley
Codo, do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília).
Segundo Codo, a competição
interna predatória, em que um
trabalhador ganha quando outro perde, já mostrou sua ineficiência às empresas.
Há, de acordo com o professor, um movimento orquestrado por departamentos de recursos humanos, administradores de empresas, psicólogos e
sociólogos que atuam em corporações no sentido de mudar a
cultura das firmas e implementar uma competição mais saudável. "É um raro consenso na
área", completa Codo.
A diferença entre a concorrência benéfica e a dominação
prepotente está nas escolhas
que a empresa faz, afirma Jean
Bartoli, professor do MBA executivo do Ibmec São Paulo.
Quando a empresa quer resultados imediatos a qualquer
custo, a competição em estilo
de "guerra" ganha forças. Por
outro lado, metas a médio e
longo prazo implicam cooperação entre pessoas, diz Bartoli.
Entretanto, reverter um cenário em que predomine a
competição interna maléfica
não é fácil. "Isso não vai ser
consertado em um workshop
de três dias. A reversão é imprevisível. Vai depender da boa
vontade das pessoas", alerta.
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