São Paulo, domingo, 23 de setembro de 2007

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Comportamento de "predação' já é malvisto por companhias

DA REPORTAGEM LOCAL

A competição pode ser um motivador e trazer benefícios conjuntos para funcionários e empresa ou pode implicar a destruição dos relacionamentos entre colegas de trabalho.
"O problema não é a existência da competição interna. É o caráter que ela assume", pontua o professor Wanderley Codo, do Laboratório de Psicologia do Trabalho da UnB (Universidade de Brasília).
Segundo Codo, a competição interna predatória, em que um trabalhador ganha quando outro perde, já mostrou sua ineficiência às empresas.
Há, de acordo com o professor, um movimento orquestrado por departamentos de recursos humanos, administradores de empresas, psicólogos e sociólogos que atuam em corporações no sentido de mudar a cultura das firmas e implementar uma competição mais saudável. "É um raro consenso na área", completa Codo.
A diferença entre a concorrência benéfica e a dominação prepotente está nas escolhas que a empresa faz, afirma Jean Bartoli, professor do MBA executivo do Ibmec São Paulo.
Quando a empresa quer resultados imediatos a qualquer custo, a competição em estilo de "guerra" ganha forças. Por outro lado, metas a médio e longo prazo implicam cooperação entre pessoas, diz Bartoli.
Entretanto, reverter um cenário em que predomine a competição interna maléfica não é fácil. "Isso não vai ser consertado em um workshop de três dias. A reversão é imprevisível. Vai depender da boa vontade das pessoas", alerta.

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