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MBA NO ESCRITÓRIO
Grandes empresas montam cursos para suprir demanda
Na Vale, bolsista nem sequer precisa ser funcionário da companhia
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O maranhense Jefferson
Klauss Pereira Alves, 24, acabou de se formar no curso de
engenharia da computação em
São Carlos, no interior paulista.
Deixou para trás o cargo de
coordenador de informática no
sindicato dos metalúrgicos local e voltou para São Luís.
O retorno não se deu para
matar a saudade do Estado natal, mas em razão de uma oportunidade de desenvolvimento
da carreira: Alves vai cursar especialização em engenharia
ferroviária oferecida pela Vale.
A iniciativa da mineradora é
um exemplo do investimento
de empresas na capacitação de
profissionais em áreas que julgam carentes no mercado.
Isso serve mesmo para profissionais que não são seus empregados, desde que participem da cadeia produtiva do setor de atuação da companhia.
Alves, bolsista da empresa,
está ciente de que, ao término
dos três meses de curso e mais
três de preparação da monografia, não tem garantia de emprego na Vale. Mas aposta que a
especialização abrirá portas.
"Como há uma carência no
setor, criam-se várias possibilidades. A própria concorrência
vem atrás de mão-de-obra."
Exigência de mercado
A demanda por tecnologias
inovadoras, redução de custos e
processos produtivos com menos desperdício de materiais
motivou a Fiat, em parceria
com o Sindipeças (sindicato
da indústria de componentes
para veículos), a estruturar um
curso de pós-graduação em
gestão estratégica da inovação.
O objetivo é qualificar os profissionais da cadeia produtiva
da indústria automobilística.
"Cerca de 75% do que fazemos vem dos nossos fornecedores", diz Osias Galantine,
diretor de compras do grupo.
O curso, produzido pela Universidade Federal de Santa Catarina, será dado em São Paulo.
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é outra que entrou na onda
de cursos personalizados. Pela
primeira vez, fará um mestrado
profissional na área de agroenergia, em parceria com a Fundação Getulio Vargas e com a
Escola Superior de Agricultura
Luiz de Queiroz, da USP.
"O objetivo é incentivar a formação de gestores do sistema
de energia de biomassa", afirma Ivan Souza, um dos coordenadores do curso.
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