São Paulo, domingo, 24 de fevereiro de 2008

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MBA NO ESCRITÓRIO

Grandes empresas montam cursos para suprir demanda

Na Vale, bolsista nem sequer precisa ser funcionário da companhia

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O maranhense Jefferson Klauss Pereira Alves, 24, acabou de se formar no curso de engenharia da computação em São Carlos, no interior paulista. Deixou para trás o cargo de coordenador de informática no sindicato dos metalúrgicos local e voltou para São Luís.
O retorno não se deu para matar a saudade do Estado natal, mas em razão de uma oportunidade de desenvolvimento da carreira: Alves vai cursar especialização em engenharia ferroviária oferecida pela Vale.
A iniciativa da mineradora é um exemplo do investimento de empresas na capacitação de profissionais em áreas que julgam carentes no mercado.
Isso serve mesmo para profissionais que não são seus empregados, desde que participem da cadeia produtiva do setor de atuação da companhia.
Alves, bolsista da empresa, está ciente de que, ao término dos três meses de curso e mais três de preparação da monografia, não tem garantia de emprego na Vale. Mas aposta que a especialização abrirá portas.
"Como há uma carência no setor, criam-se várias possibilidades. A própria concorrência vem atrás de mão-de-obra."

Exigência de mercado
A demanda por tecnologias inovadoras, redução de custos e processos produtivos com menos desperdício de materiais motivou a Fiat, em parceria com o Sindipeças (sindicato da indústria de componentes para veículos), a estruturar um curso de pós-graduação em gestão estratégica da inovação. O objetivo é qualificar os profissionais da cadeia produtiva da indústria automobilística.
"Cerca de 75% do que fazemos vem dos nossos fornecedores", diz Osias Galantine, diretor de compras do grupo. O curso, produzido pela Universidade Federal de Santa Catarina, será dado em São Paulo.
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é outra que entrou na onda de cursos personalizados. Pela primeira vez, fará um mestrado profissional na área de agroenergia, em parceria com a Fundação Getulio Vargas e com a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da USP.
"O objetivo é incentivar a formação de gestores do sistema de energia de biomassa", afirma Ivan Souza, um dos coordenadores do curso.


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