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DOIS-EM-UM
"Au pair" aprende e ensina no exterior
Programa de intercâmbio com trabalho em casa de família cresce em agências brasileiras
MARIANA IWAKURA
ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK
Se um cenário que inclui
adaptar-se a um país diferente,
cuidar de crianças que falam
outro idioma e morar na casa
de uma família praticamente
desconhecida deixa muita
gente apreensiva, os mesmos
elementos também atraem
diversas outras pessoas.
O "au pair", programa de intercâmbio em que se troca trabalho -cuidar das crianças de
uma família- por casa, comida,
salário e uma bolsa de estudos,
tem tido crescimento expressivo nas vendas em agências de
intercâmbio brasileiras.
O incremento chega a 300%
em relação a 2006 no STB
(Student Travel Bureau) e a
200% na CI. Já a Experimento
espera crescimento de 30%
neste ano.
Entre os destinos possíveis
nessas agências figuram Holanda, França e Alemanha. O
campeão da procura, no entanto, são os Estados Unidos.
Lá, o programa é regrado pelo Departamento de Estado.
E não são poucas as regulamentações: todos os "au pairs" devem, por exemplo, cursar durante a estada ao menos 60 horas em uma instituição de ensino superior e passar por treinamento sobre desenvolvimento
infantil e segurança logo que
desembarcam no país.
A Folha acompanhou três
dias de treinamento da agência
AuPairCare em Nova York.
Participaram 130 mulheres e
um homem, provenientes de
24 países. O maior grupo era o
de brasileiras -cerca de 50 jovens- com destino a variados
locais dos Estados Unidos.
As instruções incluem atividades sobre comportamento
infantil, noções de segurança e
treinamento prático de respiração boca-a-boca e massa-gem cardíaca em bonecos.
"Vocês terão alguns desafios
neste ano" é uma das primeiras
falas de Tracye Warfield, diretora de orientação da AuPairCare, aos futuros "au pairs".
A jornalista viajou a convite do STB
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