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MBA em inglês atrai executivos
Expatriados também participam de turmas; custo é superior ao do curso tradicional
SÃO PAULO
Profissionais que querem
fazer pós-graduação no exterior, mas não têm planos de
sair do Brasil buscam alternativas por aqui.
Uma delas é cursar programas oferecidos em inglês, como fez Juliana Sawaia, 33,
gerente de inteligência de
mercado do Ibope.
Ela se matriculou no Executive MBA da BSP (Business
School São Paulo), programa
integralmente em inglês,
com módulo de duas semanas em Boston, nos Estados
Unidos. "Não queria abrir
mão da minha carreira", diz.
"A maioria dos alunos trabalha em empresas de atuação global", afirma Fernando Marques, diretor dos
MBAs da instituição. Por isso, usa inglês o dia todo e deseja estudar gestão nesse
idioma, justifica.
Esse tipo de curso não
atrai apenas quem quer unir
administração e inglês.
Profissionais que têm o
idioma como língua materna
também fazem parte da turma. É o caso do britânico Simon Walker, 49, diretor de
auditoria no HSBC, que vive
no Brasil há um ano.
A necessidade de obter novos conhecimentos de gestão
levou-o ao OneMBA, da FGV
(Fundação Getulio Vargas).
Oferecido em parceria com
outras cinco instituições, o
programa conta com quatro
residências de uma semana
em diferentes países.
GASTO MAIOR
Nesses períodos, os alunos
formam grupos com os das
outras universidades para
desenvolverem projetos.
"A meta é que eles aprendam as características de negócios de cada região", comenta Marina Heck, coordenadora do programa.
Para se matricular em um
curso desse tipo, o aluno tem
de estar disposto a desembolsar mais do que faria em
um MBA regular.
Os valores variam de R$ 45
mil a R$ 110 mil, dependendo
do que incluem. "Oferecemos estada em hotel de cinco
estrelas em todas as residências", afirma Heck.
Há também a necessidade
de adaptação às aulas em outro idioma. Para quem não é
fluente, pode ser um desafio.
Sawaia, que diz ter inglês
intermediário e gostar de
participar das aulas, falava
pouco nos primeiros dias.
"Era difícil me expressar."
O saldo, no entanto, é considerado positivo. "Estou ficando fluente", comenta.
(JV)
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