São Paulo, domingo, 25 de janeiro de 2009

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recursos humanos

Com crise, firmas negociam benefício de plano de saúde

Recompensas para profissionais de alto desempenho devem continuar

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto alguns setores da economia amargam dispensas coletivas, outros ainda mantêm seu quadro de funcionários, porém com redução de benefícios.
Segundo levantamento feito pela consultoria Watson Wyatt com 83 empresas em dezembro do ano passado, os planos de assistência médica deverão ter seus contratos renegociados, e seus valores -tanto para a companhia como para o empregado-, revistos.
"Dessas companhias, 36% vão renegociar o custo dos planos, e o empregado deverá arcar com alguma despesa, como metade do preço da consulta", afirma César Lopes, coordenador do estudo.
Segundo Marcelo Ferrari, diretor de desenvolvimento de negócios da Mercer, a assistência médica é um dos maiores gastos das firmas e soma de 9% a 10% da folha de pagamento.
De acordo com Patrícia Hanay, líder de remuneração da consultoria Hewitt Associates, as empresas pensam não só na revisão de benefícios mas também nos pacotes de demissão.
"As firmas planejam o que podem oferecer em termos de extensão dos planos de saúde e dos serviços de recolocação. Em novembro, fizemos uma pesquisa e, das cerca de 70 empresas ouvidas, 70% pensavam em demitir funcionários."
Mas, antes de chegar às vias de fato, as empresas devem cortar outros benefícios, como subsídio para cursos de qualificação, ou aumentar o rigor no processo de seleção dos profissionais que o recebem, afirma Marcelo Vasconcelos, diretor-geral da Page Personnel.
Na Arcon, empresa de serviços gerenciados de tecnologia, por exemplo, a oferta de crédito aos funcionários foi cortada. Angelo Ribeiro, gerente de recursos humanos da empresa, diz que, para compensar os empregados, foi firmada uma parceria com uma financeira, que fará os empréstimos.

Retenção de talentos
Mesmo com o corte de benefícios anunciado, uma preocupação das companhias é a retenção dos profissionais considerados de alto desempenho.
Por isso, diz Vera Vasconcellos, consultora de carreiras da Career Center, programas de desenvolvimento para esses funcionários devem continuar.
"A empresa vai rever o seu quadro e selecionar essa população diferenciada, para que não perca seus benefícios", atesta Marcelo Vasconcelos, da Page Personnel. (MCN)







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