|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
recursos humanos
Com crise, firmas negociam benefício de plano de saúde
Recompensas para profissionais de alto desempenho devem continuar
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto alguns setores da
economia amargam dispensas
coletivas, outros ainda mantêm
seu quadro de funcionários, porém com redução de benefícios.
Segundo levantamento feito
pela consultoria Watson Wyatt
com 83 empresas em dezembro
do ano passado, os planos de
assistência médica deverão ter
seus contratos renegociados, e
seus valores -tanto para a
companhia como para o empregado-, revistos.
"Dessas companhias, 36%
vão renegociar o custo dos planos, e o empregado deverá
arcar com alguma despesa,
como metade do preço da consulta", afirma César Lopes,
coordenador do estudo.
Segundo Marcelo Ferrari, diretor de desenvolvimento de
negócios da Mercer, a assistência médica é um dos maiores
gastos das firmas e soma de 9%
a 10% da folha de pagamento.
De acordo com Patrícia Hanay, líder de remuneração da
consultoria Hewitt Associates,
as empresas pensam não só na
revisão de benefícios mas também nos pacotes de demissão.
"As firmas planejam o que
podem oferecer em termos de
extensão dos planos de saúde e
dos serviços de recolocação.
Em novembro, fizemos uma
pesquisa e, das cerca de 70 empresas ouvidas, 70% pensavam
em demitir funcionários."
Mas, antes de chegar às vias
de fato, as empresas devem cortar outros benefícios, como
subsídio para cursos de qualificação, ou aumentar o rigor no
processo de seleção dos profissionais que o recebem, afirma
Marcelo Vasconcelos, diretor-geral da Page Personnel.
Na Arcon, empresa de serviços gerenciados de tecnologia,
por exemplo, a oferta de crédito
aos funcionários foi cortada.
Angelo Ribeiro, gerente de
recursos humanos da empresa,
diz que, para compensar os
empregados, foi firmada uma
parceria com uma financeira,
que fará os empréstimos.
Retenção de talentos
Mesmo com o corte de benefícios anunciado, uma preocupação das companhias é a retenção dos profissionais considerados de alto desempenho.
Por isso, diz Vera Vasconcellos, consultora de carreiras da
Career Center, programas de
desenvolvimento para esses
funcionários devem continuar.
"A empresa vai rever o seu
quadro e selecionar essa população diferenciada, para que
não perca seus benefícios",
atesta Marcelo Vasconcelos,
da Page Personnel.
(MCN)
Texto Anterior: Oportunidades Próximo Texto: Frase Índice
|