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Definição de direitos é vantagem
Hoje free-lancers, DJs poderão ter direitos após a regulamentação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na prática, a aprovação da
regulamentação da carreira
de DJ terá como principal benefício a fixação de direitos
trabalhistas e previdenciários, apontam profissionais
do setor e especialistas.
"Se os DJs trabalham como
free-lancers mais de três vezes por semana, por exemplo, devem ser registrados.
Mas, como a profissão não é
reconhecida atualmente,
não se pode registrá-los como disc-jóqueis", explica o
presidente da comissão de
direito trabalhista da OAB-SP
(Ordem dos Advogados do
Brasil), Eli Alves da Silva.
Para a DJ Ana Flavia, 36,
que discoteca no D-Edge,
uma das vantagens do projeto é regularizar as atividades
dos que hoje são free-lancers.
"Gostaria de trabalhar registrada em uma boate e fazer trabalhos extras só se
houver necessidade. Nós não
temos garantias trabalhistas
nem benefícios", expõe.
Formada em publicidade e
propaganda e ex-proprietária de um salão de beleza,
Ana, que é DJ desde 1999, vê
na regulamentação uma
chance de "diminuir a crescente banalização na área".
"Hoje presenciamos no
Brasil um "boom" de DJs-celebridade, que usam CD gravados nas apresentações. Isso
compromete nossa imagem e
tira espaço de profissionais."
MUITO TREINO
Nem todos se empolgam
com as mudanças. O disc-jóquei do programa Planeta DJ,
da rádio Jovem Pan, Paulo
Pringles, 28, ressalta que a
regulamentação não facilitará o ingresso na profissão.
"Para conseguir espaço, o
DJ tem que ter dom para a
música e autodidatismo.
Tem de treinar muito até ficar
pronto para apresentação em
festas e casas noturnas."
Foi assim que ele próprio
ganhou destaque na carreira.
Após cursar dois anos de administração na USP, trocou
a sala de aula pelas pistas.
"Sempre quis atuar em rádio e tentei por três anos até
que um dia me chamaram.
Larguei a faculdade e não me
arrependo", analisa.
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