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recursos humanos
Planejamento financeiro visa a engajar colaborador
Empresas usam ferramentas para reduzir o estresse dos empregados
MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o objetivo de reduzir
preocupações e aumentar produtividade e comprometimento, algumas firmas têm oferecido orientação de planejamento
financeiro aos funcionários.
Na Accenture, a ferramenta
Você e seu Bolso faz parte do
programa RH em Ação. Abrigada na intranet da companhia,
contém informações sobre como organizar gastos pessoais e
fazer planejamento financeiro.
O oferecimento dessa ferramenta, cujo uso não é obrigatório, aliada a outras, aumentou o
nível de comprometimento de
57% para 66%, segundo Lauro
Chacon, diretor de recursos
humanos da Accenture.
"Quem não tem controle sobre os gastos tem de recorrer
ao banco, ao cheque especial.
[A falta de dinheiro] pode até
levar as pessoas a desenvolver
doenças e vícios", ressalta Marcia Lima, assistente social da
3M, que oferece aulas e uma
planilha orçamentária.
"O impacto que o dinheiro
tem na família, na segurança e
na produtividade do funcionário é muito grande", destaca.
O Grupo VR desenvolveu,
em parceria com o Instituto
Akatu, um jogo interativo de
consumo consciente. Com a inclusão de renda e gastos, a ferramenta informa se a pessoa é
equilibrada com o salário.
Há também uma planilha
para controle dos gastos mensais e uma apostila para uso do
dinheiro e do crédito. De acordo com a gerente de RH do grupo, Roseli Araújo, as ferramentas fazem parte da integração
dos funcionários novos.
A parceria também foi o
caminho seguido pela Teleperformance, que oferece a infraestrutura para um curso ministrado pela Bovespa. As aulas
abordam usos do dinheiro, inflação, planejamento de educação e mercado de ações.
Segundo Paulo César Vasques, presidente da companhia
no Brasil, na última pesquisa
de satisfação, os colaboradores
deram nota 8,4 para a satisfação geral com a empresa.
Diagnóstico
Para William Eid Júnior,
coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-Eaesp (Escola de Administração de Empresas de São Paulo,
da Fundação Getulio Vargas),
há ainda pouca preocupação
das firmas com o planejamento
financeiro do empregado.
"Elas não fazem [esses programas] por desconhecimento
e porque os problemas financeiros não chegam de forma
direta às chefias", afirma.
De acordo com levantamento feito por Eid com 135 funcionários da FGV, 42% dos colaboradores têm alto ou altíssimo
estresse financeiro. O questionário foi feito no primeiro semestre de 2008, antes da crise.
O professor concluiu também que os profissionais nessa
situação faltam mais e fazem
mais pedidos de tempo livre do
que os que têm menos estresse.
Com MARIANA DESIMONE, colaboração para a
Folha
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