São Paulo, domingo, 25 de novembro de 2007

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MELHORES ESTÁGIOS

Iniciativa e boas idéias abrem trilha para contratação

Especialistas mostram como chegar ao 1º emprego

ALAN DE FARIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Ser selecionado para uma disputada vaga de estágio pode parecer o fim daquela travessia que começou com a fase de pesquisa e cadastro e terminou com a aprovação na entrevista.
Na verdade, essa foi apenas a primeira fase da carreira. Ao cruzar as portas da empresa é que é dada a largada rumo ao novo objetivo: a contratação.
A partir daí, diretores de recursos humanos não tirarão mais os olhos do estudante, que, nos bons programas, começará a ser visto como futuro profissional da organização.
Segundo Marta Inês Guerra Saling, gerente de desenvolvimento das Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (RS), o interesse do estagiário em querer aprender é observado ao longo do período em que ele desenvolve atividades na instituição.
"Ficamos atentos também à capacidade do estudante de aplicar os conhecimentos de sua área de estudo nas atividades do dia-a-dia", afirma.
Os que se interessam por contribuir com a empresa com novas idéias também são valorizados. Essa é a opinião de Mylene Mitrulis, gerente de RH da Microsoft Brasil, instituição que premia projetos dos quais estagiários são incentivados a participar.
"Ser proativo e desenvolver uma comunicação clara, objetiva e fluida garante pontos aos jovens profissionais", revela.

Quando sugerir?
O momento certo de intervir e dar uma sugestão no ambiente de trabalho, no entanto, gera apreensão nos estagiários.
O estudante de administração da FGV (Fundação Getulio Vargas) Eduardo Setti, 21, que trabalha na Fator Administração de Recursos, tem dúvidas quanto à maneira de se relacionar com parceiros e clientes.
Para evitar essa preocupação, o diretor nacional da central de estágios da Gelre Consultoria, Rossano Lippi, aconselha a observar como são as relações entre os profissionais na companhia e, aos poucos, participar, questionar e sugerir.
"Nenhuma empresa quer um robô, um profissional condicionado a desempenhar somente uma função", acrescenta. Mitrulis completa: "É preciso ser autocrítico e ter a consciência de como se portar em um ambiente corporativo."
Uma vez ciente de sua função dentro da empresa e de como pode participar de algumas decisões, o estagiário fica sujeito a ser chamado para ajudar na elaboração de outros projetos.
"Estar disponível para participar de diferentes atividades é muito bem-vindo no meio profissional", concorda Carla Esteves, gerente de projetos da Cia. de Talentos.
Para ela, isso mostra interesse em trabalhar e realmente querer fazer parte do desenvolvimento da instituição.

De olho na mídia
Devido às relações dinâmicas entre as empresas e a velocidade com que são apresentadas notícias na mídia, é imprescindível, segundo Mitrulis, a absorção rápida das informações e das inovações tecnológicas.
"O estagiário, além de conhecimento da área em que atua, precisa ter uma visão global e ser multicultural, porque muitas empresas são multinacionais", afirma. Segundo Esteves, isso ajuda no desenvolvimento intelectual e profissional.
Para os que se afligem ponderando sobre uma possível contratação depois que o período de estágio expirar, Lippi ressalta que esse questionamento ajuda o estudante a se engajar mais no trabalho na empresa.
Saling concorda e acredita que o estagiário deve se focar em apresentar um bom desempenho e adquirir o máximo possível de experiências.
"Com isso, ele poderá se assegurar de uma colocação na empresa em que está estagiando ou facilitar a conquista de uma vaga no mercado de trabalho, o que, com a experiência do estágio, fica mais fácil", finaliza.

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