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MELHORES ESTÁGIOS
Iniciativa e boas idéias abrem trilha para contratação
Especialistas mostram como chegar ao 1º emprego
ALAN DE FARIA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ser selecionado para uma
disputada vaga de estágio pode
parecer o fim daquela travessia
que começou com a fase de pesquisa e cadastro e terminou
com a aprovação na entrevista.
Na verdade, essa foi apenas a
primeira fase da carreira. Ao
cruzar as portas da empresa é
que é dada a largada rumo ao
novo objetivo: a contratação.
A partir daí, diretores de recursos humanos não tirarão
mais os olhos do estudante,
que, nos bons programas, começará a ser visto como futuro
profissional da organização.
Segundo Marta Inês Guerra
Saling, gerente de desenvolvimento das Unimed Vales do
Taquari e Rio Pardo (RS), o interesse do estagiário em querer
aprender é observado ao longo
do período em que ele desenvolve atividades na instituição.
"Ficamos atentos também à
capacidade do estudante de
aplicar os conhecimentos de
sua área de estudo nas atividades do dia-a-dia", afirma.
Os que se interessam por
contribuir com a empresa com
novas idéias também são valorizados. Essa é a opinião de
Mylene Mitrulis, gerente de
RH da Microsoft Brasil, instituição que premia projetos dos
quais estagiários são incentivados a participar.
"Ser proativo e desenvolver
uma comunicação clara, objetiva e fluida garante pontos aos
jovens profissionais", revela.
Quando sugerir?
O momento certo de intervir
e dar uma sugestão no ambiente de trabalho, no entanto, gera
apreensão nos estagiários.
O estudante de administração da FGV (Fundação Getulio
Vargas) Eduardo Setti, 21, que
trabalha na Fator Administração de Recursos, tem dúvidas
quanto à maneira de se relacionar com parceiros e clientes.
Para evitar essa preocupação, o diretor nacional da central de estágios da Gelre Consultoria, Rossano Lippi, aconselha a observar como são as relações entre os profissionais na
companhia e, aos poucos, participar, questionar e sugerir.
"Nenhuma empresa quer um
robô, um profissional condicionado a desempenhar somente
uma função", acrescenta. Mitrulis completa: "É preciso ser
autocrítico e ter a consciência
de como se portar em um ambiente corporativo."
Uma vez ciente de sua função
dentro da empresa e de como
pode participar de algumas decisões, o estagiário fica sujeito a
ser chamado para ajudar na
elaboração de outros projetos.
"Estar disponível para participar de diferentes atividades é
muito bem-vindo no meio profissional", concorda Carla Esteves, gerente de projetos da Cia.
de Talentos.
Para ela, isso mostra interesse em trabalhar e realmente
querer fazer parte do desenvolvimento da instituição.
De olho na mídia
Devido às relações dinâmicas
entre as empresas e a velocidade com que são apresentadas
notícias na mídia, é imprescindível, segundo Mitrulis, a absorção rápida das informações
e das inovações tecnológicas.
"O estagiário, além de conhecimento da área em que atua,
precisa ter uma visão global e
ser multicultural, porque muitas empresas são multinacionais", afirma. Segundo Esteves,
isso ajuda no desenvolvimento
intelectual e profissional.
Para os que se afligem ponderando sobre uma possível contratação depois que o período
de estágio expirar, Lippi ressalta que esse questionamento
ajuda o estudante a se engajar
mais no trabalho na empresa.
Saling concorda e acredita
que o estagiário deve se focar
em apresentar um bom desempenho e adquirir o máximo
possível de experiências.
"Com isso, ele poderá se assegurar de uma colocação na
empresa em que está estagiando ou facilitar a conquista de
uma vaga no mercado de trabalho, o que, com a experiência do
estágio, fica mais fácil", finaliza.
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