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legislação
Profissional que usa fretado busca agora novos caminhos
Restrições de desembarque, que têm início amanhã, também afetam a rotina de empresas em São Paulo
Marcelo Justo/Folha Imagem
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Danilo Corrêa, que vai de
bicicleta ao trabalho
PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Cada mudança nas regras de
trânsito da capital tem impacto
direto na vida de profissionais e
empresas que operam na cidade. Primeiro, o rodízio de veículos implantado em 1997 e, a
partir de amanhã, as novas regras para os fretados.
As medidas de contenção para o uso de automóveis, ônibus
e caminhões resultam em demandar novas opções de deslocamento para o trabalho.
A analista de recursos humanos Camila Fernandes de Oliveira, 27, utiliza ônibus fretado
há mais de dois anos. Não sabe
o que vai fazer para ir trabalhar
na segunda-feira. "Posso continuar a usar o fretado, descer
longe do meu trabalho e completar o trajeto de ônibus ou
metrô. Uma alternativa é ir de
carro com outras pessoas
e dividir os custos", comenta.
Na AstraZeneca, 2 das 17 linhas de fretados oferecidas aos
funcionários pelo laboratório
foram atingidas pela nova lei
-com impacto direto sobre
cerca de 70 colaboradores.
A rota foi alterada e aqueles
que precisarem de mais uma
condução para completar o caminho terão os custos adicionais arcados pela empresa.
"Queremos que eles não tenham risco de chegarem atrasados", explica Miguel Monzu,
diretor de recursos humanos.
A Prefeitura de São Paulo estipulou 14 pontos onde será
permitido o embarque e desembarque (veja quadro ao lado) e 11 linhas de ônibus para
atender os usuários dos fretados até seus destinos. Isso porque esses veículos não poderão
mais transitar em vias de grande circulação, como as avenidas
Paulista, Berrini e 23 de Maio,
nem parar em qualquer lugar.
Mesmo novo caminho
Os profissionais que tiverem
de se adaptar às restrições dos
fretados devem seguir caminho
similar ao buscado por quem
teve de driblar o rodízio.
Quando o carro não pode sair
da garagem, o assessor de comunicação Danilo Corrêa, 33,
vai de bicicleta. Até em dias
sem restrição, troca o carro pela bicicleta. "O rodízio virou um
incentivador dessa mudança."
Já a analista de controle de
qualidade Liane Cristina Marson, 25, conta com a política de
horário flexível da indústria
farmacêutica em que trabalha
para madrugar no dia em que
seu carro cai no rodízio. "Mas
se não consigo sair às 16h30,
tenho que ficar na empresa até
às 20h. Não tem jeito", conta.
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