São Paulo, domingo, 26 de setembro de 2004

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ESTÁGIO

Estudantes que atuam em administração, finanças e áreas afins têm mais chances de trabalho

Engravatados dominam as vagas

RENATO ESSENFELDER
EDITOR-ASSISTENTE DE SUPLEMENTOS

ANDREA MIRAMONTES
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Alunos de administração ou economia não têm grandes problemas para conseguir estágio. Em moda ou geografia, é um drama. Os engenheiros normalmente se dão bem, mas quem quer trabalhar em áreas mais específicas, como em metalurgia ou no setor têxtil, vai suar a camisa até encontrar uma oportunidade.
Essas são algumas das conclusões de estudo feito pela Folha com 101 empresas de médio e de grande porte do país. É bom lembrar que, como só o "mundo dos negócios" foi ouvido, áreas ligadas à pesquisa ficaram em baixa.
Isso porque, em território corporativo, a coroa está de fato com os engravatados. "Administração e economia sempre dominaram a oferta de vagas de estágio, ao lado dos engenheiros, que também acabam atuando nesses setores", explica Sofia Esteves do Amaral, sócia-fundadora da DM Recursos Humanos.
Na pesquisa da Folha, 59% das empresas afirmaram aceitar estagiários de administração. Em seguida aparecem as áreas de economia (32%) e direito (30%). "A oferta é grande, assim como a concorrência, mas já dispen- sei convites de estágio em gran- des empresas", conta Murilo Paulucci, 20, estudante de administração e estagiário da Novartis.
Quem não faz parte desse grupo não deve desanimar. Amaral reforça que há outros campos em alta (leia texto nesta página). "Como todos os cursos de ensino médio, profissionalizante e superior têm alguma aplicação no mercado de trabalho, todos vão oferecer vagas. Mas, para algumas carreiras específicas, o número de postos é menor", diz Luiz Gustavo Coppola, gerente de relações externas do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola).
A estudante de moda Renata Moisés, 22, concorda. "Como meu curso é recente, ainda não existem programas específicos, e os estágios são informais", conta ela, que conseguiu vaga em uma das poucas empresas com remuneração na área, a Santista Têxtil.


Colaboraram JULIANA GARÇON e MARLENE PERET, free-lance para a Folha

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