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Não é só durante a faculdade que estudantes de administração, economia e engenharia se dão bem na hora de arrumar estágio. A tendência segue esse rumo mesmo depois da formatura, na hora de procurar uma vaga nos programas de trainee.
A maior oportunidade (e não necessariamente facilidade, pois a concorrência também é intensa) de colocação para esses profissionais foi comprovada pelo estudo da Folha, em que as áreas generalistas se deram bem (veja quadro).
De acordo com consultores, a grande oferta de vagas nessas áreas é natural, pois elas são como curingas -os profissionais podem atuar em diversos setores.
"Administração oferece uma grande abrangência de atuação, como em finanças, RH, marketing e produção, entre outras. Economia é útil para estatísticas, pesquisas e resultados, que são grandes preocupações das empresas. Já os engenheiros vão para tecnologia e logística", diagnostica Telma Helena Benedito Moreira, gerente-geral da Gelre.
Ela afirma que logística é uma área que ainda vai "sacudir" o mercado. Isso implica chamar profissionais de outros campos para operar na função.
Contratado há três anos pela AmBev, Fábio Kapitanovas, 27, ex-trainee formado em engenharia mecânica pela Poli-USP (Escola Politécnica da Universidade de São Paulo), trabalha hoje com logística. "Não foi para isso que inicialmente me preparei na faculdade, mas aí entra a boa formação, que ajuda o profissional a aprender rápido sobre toda a empresa e a ter visão do todo", diz.

Dificuldades
Como era de se esperar, carreiras muito específicas oferecem poucas posições para trainees, como geologia, física e engenharia mecatrônica, entre outras.
Para aqueles que sentem dificuldade de encontrar vagas, uma dica dos especialistas é ir atrás de companhias daquele setor e tentar colocação nelas, ainda que, de início, em área diferente da visada. "Isso possibilita ao trainee, ao menos, vivenciar um pouco do segmento escolhido", analisa Elaine Saad, diretora da Right Saad Fellipelli.
Outros campos também têm promessa de abertura de mercado, o que pode colaborar com os recém-formados de segmentos mais diversos. "Com o desenvolvimento da economia houve uma expansão para outros cursos, como tecnologia de informação, turismo, direito, comunicação social", completa Luiz Gustavo Coppola, gerente de relações externas do CIEE. (AM)

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