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cursos
Alunos de MBA de ponta garantem estágios de verão
Conhecida como "summer job", iniciativa rende convites de emprego
MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando acabar o MBA em
Wharton, escola da Universidade da Pennsylvania (EUA), Meton Morais, 29, terá mais que o
certificado de um dos melhores
cursos do mundo. Terá também emprego em uma firma internacional de investimento.
A chance será resultado não
só da qualificação mas também
do estágio de verão que Morais
fez na empresa. O "summer
job" (ou "summer internship")
muitas vezes rende convites
para um emprego efetivo.
Segundo o levantamento
"MBA 2007", da consultoria
GNext Talent Search, 96% dos
alunos das melhores escolas
de MBA do mundo tiveram um
"summer job" nas férias.
Foram entrevistados 49 alunos brasileiros. Sobre "summer job", questionaram-se os
segundanistas depois do verão.
"Com o estágio, cria-se um
relacionamento com o segmento em que se quer atuar",
aponta Denise Barreto, sócia-diretora da GNext. "As empresas têm interesse em alunos
que atuem em projetos curtos."
Meton Morais teve dois
"summer jobs": na consultoria
Lehman Brothers, ficou nove
semanas. Na Matlin Patterson,
firma de investimento, as dez
semanas se estenderam -Morais foi convidado a trabalhar lá
todas as sextas-feiras, quando
tem uma brecha no MBA.
"Agora vou escolher entre
trabalhar em Nova York e voltar ao Brasil, onde a firma também tem escritório", comenta.
Atividades
Segundo o levantamento da
GNext, 49% dos que tiveram
"summer jobs" os fizeram nos
Estados Unidos. No Brasil, foram 32%, e na Inglaterra, 13%.
A maioria -74%- trabalhou
em bancos ou financeiras. Em
consultorias, foram 13%.
No escritório brasileiro do
Boston Consulting Group, são
recebidos até dez alunos. "Desenvolvemos habilidades e proporcionamos uma experiência
real de trabalho, o que nos dá a
chance de avaliar seus desempenhos", conta Ana Cristina
Vieira, coordenadora de recrutamento para a América Latina.
Marcelo Carvalho, 31, aluno
da Universidade de Chicago,
passou o verão no banco Barclays de Londres e diz ter usado
80% do que aprendeu no curso.
"Meu chefe saiu de férias e
esperava que eu acelerasse o
projeto, o que fiz com minha
experiência e um pouco de ginga", conta. "Mas, como todos
acham que os "MBAs" sabem
quase tudo, havia pouca paciência para explicações."
A experiência também ajuda
os alunos a bancar o curso -um
ano em Wharton custa cerca de
US$ 72 mil. Paulo Moraes, 28,
que trabalhou no Citigroup de
Nova York por dez semanas, recebeu US$ 20 mil. "Qualquer
quantia pode ser usada para pagar parte dos estudos", avalia.
Presença feminina
Somente 13% dos alunos de
MBA nessas universidades são
mulheres, segundo a GNext.
Uma representante da fração
é Cristiane Andrade, 32, que
viajou com o marido para fazer
MBA nos EUA e teve uma filha
lá. "Ser mãe complica um pouco o planejamento de atividades extracurriculares", diz.
Ela também faz parte de outra minoria: a de alunos da área
biológica (5%). Médica dermatologista, Andrade fez "summer job" em uma empresa da
área de nutrição de bebês.
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