S?o Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011

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iPad invade empresas nos EUA

Companhias compram ou fornecem suporte para funcionários que trabalham com o tablet

DO "NEW YORK TIMES"

Os cartazes que promovem o iPad trazem uma simples mensagem: o tablet é um equipamento para lazer, para ser apoiado sobre a coxa enquanto [o usuário] relaxa no sofá em roupas casuais quando vai assistir a um filme ou ler uma revista.
Mas companhias como General Electric, Wells Fargo, Mercedes-Benz e Medtronic estão colocando o iPad da Apple para trabalhar.
E, assim como uma série de dispositivos corporativos que entram no mercado, também é certo que tablets inundarão escritórios nos Estados Unidos.
Ted Schadler, vice-presidente e analista da Forrester Research, diz esperar que dezenas de milhões de tablets estejam em uso nas empresas americanas até 2015. "Será a absorção mais rápida em empresas do que qualquer outro dispositivo."
A companhia, que vendeu quase 15 milhões de iPads em nove meses, não diz quantos foram comprados por empresas. Mas, para investidores, informou em janeiro que mais de 80% das cem maiores firmas da revista "Fortune" usavam ou testavam o aparelho, alta de 65% em relação a três meses antes.
O caminho do tablet tem sido, por vezes, convencional, comprado por departamentos de TI. Mas eles também entram pela "porta de trás", quando empregados os levam para a empresa e exigem acesso a e-mail corporativo e calendários.

CONTRA-ATAQUE
"Não podemos falar para não usarem essa tecnologia no trabalho", afirma Brandon Edling, diretor de tecnologia da NBC Universal. "Eles continuariam a usá-la e estaríamos no escuro sobre o que as pessoas fazem", diz.
Mesmo com todas essas incursões no local de trabalho, nem iPad nem outro tablet têm substituído o PC, líder por três décadas -pelo menos por enquanto. Isso, no entanto, não impediu a eterna rival da Apple, a Microsoft, de mover-se na direção do tablet de uso empresarial.
Em séries de slides para parceiros de marketing, a Microsoft recentemente levantou questões sobre a viabilidade do iPad como instrumento de negócios.
Em boa parte, a entrada do iPad no mundo dos negócios foi sedimentada pelo iPhone.
Empresas que esperaram dois ou três anos para adotar o iPhone começaram a implementar o iPad semanas após seu lançamento.
"Prover suporte para o iPad foi muito natural porque ele roda o mesmo sistema operacional [do iPhone]", disse John Prusnick, diretor do Hyatt Hotel & Resorts. Segundo ele, no co- meço, executivos pediam para usar iPads no trabalho.

AGILIDADE
A companhia passou a distribuí-los para a equipe de vendas, para que tivessem fácil acesso a apresentações.
Em alguns hotéis, o Hyatt dá iPad para "embaixadores de saguão", que o usam para "check-in" de hóspedes.
A General Electric distribuiu cerca de 2.000 iPads e desenvolveu aplicativos. Um deles permite aos empregados em trânsito aprovar pedidos de compra, enquanto outro permite monitorar transformadores em campo.
O chefe-executivo da Salesforce.com (desenvolvedora de software), Marc Benioff, afirma que seu aplicativo Chatter iPad, que permite acesso a dados dos softwares corporativos, foi baixado mais de 1 milhão de vezes.
"Eu ainda tenho um PC", diz Benioff. "Mas estou usando meu PC cada vez menos, e meu iPad, mais."
Especialistas esperam que a popularidade dos tablets substitua parte das vendas de PCs. Em novembro, a empresa de pesquisa Gartner reduziu as previsões de crescimento para o mercado de PCs neste ano para 15,9% -a estimativa inicial era de 18,1%.
Mas nem toda empresa está pronta para comprar iPads para empregados. "Eu adoraria distribuir tablets, mas só teria capital para isso [e nada mais]", disse Diane Bryant, CIO da Intel.


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