Terceirizados enxergam oportunidade ao atuar em diferentes segmentos

DE SÃO PAULO

Um dos principais requisitos a quem segue a carreira de consultor é justamente a habilidade de lidar com empresas, setores e culturas organizacionais diversos.
Para alguns, como Simone Galetol, 38, essa diversidade é o maior atrativo da profissão. Consultora em gestão de mudança há cinco anos, Galetol passou pelos segmentos financeiro, de telecomunicações e alimentício.
"Conheci fábricas e saí com os representantes para vender", conta. "Não teria certas oportunidades se estivesse em outra função."
Os modelos de gestão também variam e determinam como será a atuação do profissional. Michelle Cheonlin, da Asyst International, por exemplo, saiu de uma companhia de gestão profissional para outra, familiar.
A diferença principal entre uma e outra, diz, é que na primeira, os processos estão maduros.
Na segunda "demora muito para solucionar um problema". Isso ocorre "pela falta de determinação de quem cuida do quê".

GINGA NACIONAL
O jogo de cintura para o trato com essas situações não é problema para profissionais brasileiros, segundo Carlos Eduardo Autona, da consultoria Exec. "Somos [profissionais] mais flexíveis do que os de outros países."
Assim, as constantes mudanças de cidades nem sempre são encaradas como um percalço no Brasil. "Temos oportunidade de conhecer outras culturas", afirma o consultor Fabiano Moraes, que atualmente está em Fortaleza, mas tem de fazer visitas periódicas a São Paulo. "Os ritmos são diferentes."
Outra vantagem apontada por consultores é que os projetos têm "começo, meio e fim". "Se trabalho com quem não me identifico, saber que será temporário ameniza a situação", ressalta Galetol.
Mesmo com pontos positivos, o vaivém da vida de terceirizado pode gerar momentos de solidão. "É importante ter parcerias na consultoria para trocar experiências e atenuar a sensação", pondera Luiz Antônio Concistré, consultor da DBM Brasil.


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