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cursos
Aula grátis nem sempre agrega valor
Custo zero é tentador, mas experiência só será vantajosa se estiver alinhada com a carreira
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
De graça, até injeção na testa.
Se esse ditado faz parte do seu
vocabulário, você deve aceitar
com facilidade fazer um dos
muitos cursos gratuitos oferecidos na cidade por instituições
e governo. Afinal, sem ônus, é
um bom negócio, certo?
Não necessariamente. Cursos gratuitos atraem sobretudo
por não ter custo. Se as aulas
serão perda de tempo ou um
destaque no currículo dependerá da avaliação de como elas
se encaixam em sua carreira.
"Não é porque é de graça que
agrega [valor ao currículo]", diz
Juliana Barros, consultora da
Manager. "É preciso saber se o
conhecimento será aplicado."
Para isso, deve-se identificar
o potencial do profissional e desenvolvê-lo. "Aconselho a ter
foco na busca pelo curso e alinhá-lo ao talento que já tem",
diz Viviane Massa, supervisora
do Ciee (Centro de Integração
Empresa-Escola).
Isso porque, num processo
seletivo, contarão pontos os conhecimentos relacionados à
vaga; do contrário, podem até
pesar contra. "Se o candidato
quer trabalhar com administração e tem curso de informática, é melhor destacá-lo. Curso
de pintura, nesse caso, não
adiantará", aponta a gerente da
Gelre Maria de Fátima e Silva.
E contrapõe: se a vaga for para
auxiliar de escritório em galeria
de arte, a experiência com pincéis não deve ser descartada.
Foi um curso gratuito de capacitação para o varejo, aliado a
um perfil comunicativo, que
propiciou a Aparecida Donizete Rocha, 51, a vaga no serviço
de atendimento ao cliente
no shopping Metrô Tatuapé. "O
programa superou minhas expectativas. Aprendemos liderança, iniciativa, polivalência."
Mesmo sem pagar, vale exigir
qualidade. Na hora da escolha
do curso, Barros sugere falar
com quem já o fez. "Peça também o cronograma e o conteúdo e verifique quem serão os
professores."
(MARIANA IWAKURA)
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