|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CÍRCULO DE PREVENÇÃO
Iniciativas esporádicas são pouco eficientes
Firmas oferecem palestras, testes e medicamentos a colaboradores
DA REPORTAGEM LOCAL
Palestras esporádicas ou distribuição de informativos e folhetos em 1º de dezembro -Dia
Mundial de Luta contra a
Aids- são ferramentas das empresas no combate à discriminação e no auxílio à prevenção
de DSTs (doenças sexualmente
transmissíveis).
Ações pontuais, no entanto,
têm pouca eficácia, relatam
especialistas. Se não há discussão, o tema cai no esquecimento, ainda que tenha havido breve debate sobre o assunto.
"Tem empresa que distribui
folheto e acha que isso é suficiente [para conscientizar funcionários]", destaca o diretor
da ONG GIV (Grupo de Incentivo à Vida), Cláudio Pereira.
A rotatividade dos funcionários nas companhias também
funciona como uma barreira
para o sucesso das ações.
A estratégia da Ford para impedir que o "turnover" dos colaboradores fosse o ponto vulnerável do programa de prevenção de DSTs e de Aids foi
oferecer treinamento a recém-admitidos, enquanto toda a
equipe passa por recapacitação.
Dos 9.081 funcionários,
6.920 já receberam treinamento, o que corresponde a 76% do
total de colaboradores. A meta
é atingir a totalidade deles até
março do ano que vem.
As conferências foram preparadas pela equipe médica da
companhia. O bate-papo é realizado em turmas de até 20 pessoas, para que os funcionários
se sintam à vontade para discutir e tirar dúvidas, explica o gerente de recursos humanos,
Orlando Oliveira.
Seguindo uma política global
de confidencialidade, a montadora disponibiliza orientação
médica aos soropositivos e preservativos a todos os colaboradores, destaca Oliveira.
Diagnóstico gratuito
Algumas firmas oferecem até
mesmo teste gratuito de diagnóstico. É o caso da Petrobras,
que dá o exame aos funcionários que queiram fazê-lo.
Medicamentos para funcionários e dependentes que são
portadores do vírus, capacitação dos profissionais de saúde
da companhia no atendimento
ao trabalhador soropositivo e
campanhas de conscientização
são outros recursos.
Os resultados, informa a Petrobras, são medidos pela redução na ocorrência de novos
casos, pelo aumento do tempo
de vida após o diagnóstico e pela redução dos afastamentos.
"A ideia é que o funcionário
leve esse conhecimento [adquirido em comunicados internos,
folhetos e palestras] para a família", explica a assistente de
sustentabilidade da área de responsabilidade social da Philips
do Brasil, Renata Macedo.
Além de iniciativas internas,
a empresa estimula o voluntariado. Dos 4.500 funcionários,
170 trabalham em programas
de prevenção de DSTs e gravidez na adolescência. Segundo
Macedo, ainda que indiretamente, esses colaboradores são
referência para os colegas no
esclarecimento de dúvidas.
(RB)
Texto Anterior: Número Próximo Texto: Frases Índice
|