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Trabalho com parentes é fonte de "saia justa"
da Reportagem Local
Sugerir o nome de algum profissional para uma vaga dentro
da empresa é uma tarefa que exige muita responsabilidade, já
que, por essa indicação, você poderá responder, "extra-oficialmente", pelos atos desse novo contratado.
Mas, quando se trata de um familiar ou de um amigo muito
próximo, a situação é mais delicada. Pela proximidade, é mais
fácil confundir o relacionamento
e acabar misturando o lado pessoal com o profissional.
Para evitar riscos, algumas empresas chegam a vetar a entrada
de quem já tenha algum parente
no corpo de funcionários.
Essa atitude, no entanto, pode
ser radical demais. Segundo consultores, não há nada de errado
em indicar pessoas do seu círculo
de amizade ou
familiares para uma vaga
na mesma empresa em que
trabalha, desde que a indicação seja
norteada pelo
bom senso.
Traduzindo:
só indique
quando tiver certeza de que as
características do profissional se
encaixam exatamente nos pré-requisitos pedidos para a vaga.
"A indicação deve depender do
quanto se acredita no profissional e do quanto se aposta no trabalho dele", afirma o consultor
Laerte Cordeiro.
Regras de convivência
Em tempos de desemprego, seria comum pensar em arranjar
"vaguinhas" para os conhecidos,
na tentativa de ajudá-los. Mas tal
atitude pode trazer prejuízos para a empresa, para o indicado e
para quem o indicou.
Além disso, uma contratação
errada pode fazer com que a credibilidade do profissional que fez
a indicação seja abalada.
"É preciso se sentir confortável
para fazer a indicação, já que é
um compromisso com os dois lados. É necessário haver uma relação ganha-ganha", diz Regina
Helena Azzi Camargo, 33, diretora da Across
Assessoria em
Recursos Humanos.
Depois de
aceita a indicação e de contratado o profissional, é
preciso ter cuidado com o relacionamento.
Omitir dos colegas de trabalho
que vocês já se conhecem, por
exemplo, é um erro e denota uma
atitude pouco profissional.
O tratamento dispensado deve
ser o mesmo dado aos demais
profissionais, ou seja, não há necessidade de exagerar na formalidade, nem mesmo de tratar o
profissional com descaso.
Segundo a consultora Laís Passarelli, o ideal é se inserir nos padrões da empresa, ou seja, se todos chamam o funcionário pelo
nome, não há razão para chamá-lo pelo diminutivo apenas porque é seu amigo ou parente.
(LIA REGINA ABBUD)
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