São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2007

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CURRÍCULO EM CENA

Portfólios devem apostar em inovação e criatividade

Blogs e sites de relacionamento têm de ser explorados com ponderação

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Diz-se que uma imagem vale mais do que mil palavras. Com a mesma lógica, os portfólios entram em cena para demonstrar o resultado de trabalhos de cineastas, publicitários, fotógrafos e profissionais cujas palavras são insuficientes para exprimir e vender seu talento.
Para Massimo Picchi, coordenador-geral da Panamericana Escola de Arte e Design, o portfólio ideal deve apresentar inteligência e criatividade. "Muitos repetem o que já foi feito. No material, que hoje é mais difundido pela internet, deve haver algo de inovação."
A apresentação não prescinde de uma breve explanação dos projetos. "Se estiver em ordem cronológica, é preferível iniciar com o mais recente e evoluir para o mais antigo", sugere Laura Fraia, consultora da DM Recursos Humanos.
As vantagens de ter esse cartão de visitas a um clique de distância são diversas. Economia de tempo é uma das principais, afirma o ilustrador e programador de HTML Alex Koti, 28.
"Não preciso me deslocar até o cliente para mostrar as ilustrações. Já fiz trabalhos sem contato pessoal, apenas por meio da internet ou do telefone", afirma Koti.
O cineasta André Lefcadito, 28, sócio da Estilingue Filmes, lembra que começou a montar o portfólio ainda com os projetos da faculdade e, a partir daí, moldou-o de acordo com sua própria evolução profissional. "Tenho um site que serve de referência do meu trabalho. Todos os meus projetos e realizações estão lá", conta Lefcadito.

Minha vida.com
Há, entretanto, desvantagens de ter o nome espalhado na internet. Por meio de blogs ou sites de relacionamento, entrevistadores têm a chance de vasculhar a vida do candidato.
"Em empresas que atuam com ética, não é praxe buscar esse tipo de informação", pondera Laura Fraia. "Ter um blog deveria, assim, ser um fato indiferente para o empregador. Mas é inegável que há quem use informações pessoais como critério de reprovação", completa.
O ideal, portanto, é se precaver da exposição da vida pessoal e da divulgação de comentários maldosos sobre colegas de profissão e chefes -que podem vir à tona a qualquer hora.
O webdesigner Bruno Dulcetti, 24, passou pela situação inversa: foi seu blog o que lhe garantiu uma vaga de emprego.
"Lá é o meu espaço e coloco informações sobre minha área profissional, com tutoriais, dicas e eventos. A empresa percebeu que eu estava por dentro do mercado e sabia passar isso para as pessoas", conta. (MCN)

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