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CURRÍCULO EM CENA
Portfólios devem apostar em inovação e criatividade
Blogs e sites de relacionamento têm de ser explorados com ponderação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Diz-se que uma imagem vale
mais do que mil palavras. Com
a mesma lógica, os portfólios
entram em cena para demonstrar o resultado de trabalhos de
cineastas, publicitários, fotógrafos e profissionais cujas palavras são insuficientes para
exprimir e vender seu talento.
Para Massimo Picchi, coordenador-geral da Panamericana Escola de Arte e Design, o
portfólio ideal deve apresentar
inteligência e criatividade.
"Muitos repetem o que já foi
feito. No material, que hoje é
mais difundido pela internet,
deve haver algo de inovação."
A apresentação não prescinde de uma breve explanação
dos projetos. "Se estiver em ordem cronológica, é preferível
iniciar com o mais recente e
evoluir para o mais antigo",
sugere Laura Fraia, consultora
da DM Recursos Humanos.
As vantagens de ter esse cartão de visitas a um clique de distância são diversas. Economia
de tempo é uma das principais,
afirma o ilustrador e programador de HTML Alex Koti, 28.
"Não preciso me deslocar até
o cliente para mostrar as ilustrações. Já fiz trabalhos sem
contato pessoal, apenas por
meio da internet ou do telefone", afirma Koti.
O cineasta André Lefcadito,
28, sócio da Estilingue Filmes,
lembra que começou a montar
o portfólio ainda com os projetos da faculdade e, a partir daí,
moldou-o de acordo com sua
própria evolução profissional.
"Tenho um site que serve de referência do meu trabalho. Todos os meus projetos e realizações estão lá", conta Lefcadito.
Minha vida.com
Há, entretanto, desvantagens de ter o nome espalhado
na internet. Por meio de blogs
ou sites de relacionamento, entrevistadores têm a chance de
vasculhar a vida do candidato.
"Em empresas que atuam
com ética, não é praxe buscar
esse tipo de informação", pondera Laura Fraia. "Ter um blog
deveria, assim, ser um fato indiferente para o empregador.
Mas é inegável que há quem use
informações pessoais como critério de reprovação", completa.
O ideal, portanto, é se precaver da exposição da vida pessoal e da divulgação de comentários maldosos sobre colegas
de profissão e chefes -que podem vir à tona a qualquer hora.
O webdesigner Bruno Dulcetti, 24, passou pela situação
inversa: foi seu blog o que lhe
garantiu uma vaga de emprego.
"Lá é o meu espaço e coloco
informações sobre minha área
profissional, com tutoriais, dicas e eventos. A empresa percebeu que eu estava por dentro do
mercado e sabia passar isso para as pessoas", conta. (MCN)
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