free-lance para a Folha

Nem sempre quem trabalha com a Internet vem de áreas ligadas à tecnologia. Profissionais tão diferentes como economistas e biólogos deixaram suas calculadoras e microscópios e migraram para a rede de computadores.
Bruno Fiorentini Júnior, formado em economia, é um exemplo. Era gerente de marketing de um banco, quando decidiu abrir uma produtora digital. "Nunca tinha acessado a Internet. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi: Por que mudei?", conta.
Mas resolveu insistir. "Eu sentia que marketing e tecnologia iriam caminhar juntos e que isso iria dar certo." Sua intuição não falhou. Depois de cinco meses de negociação, tornou-se o gerente-geral do site Yahoo! Brasil.
Tatiana Reis, 28, formou-se em biologia em 1996 e chegou a pesquisar peixes da Amazônia e lidar com biofísica, antes de se tornar produtora de sites, em Nova York, nos EUA.
"Queria atuar em ONGs que trabalhassem com educação voltada para a América Latina", conta. Em junho de 1998, apesar de não entender nada de tecnologia, Tatiana arriscou mudar de área e foi contratada pela StarMedia para fazer sites em português e espanhol. "Sou responsável por pensá-los e desenvolvê-los."

"Continente inexplorado"
Mas o poder de atração da Internet não é geral. Renato Simões, 30, redator da agência de propaganda FischerAmérica, prefere não trabalhar com mídia digital.
"Não quero me especializar nessa área. Não sei se teria o mesmo prazer que tenho em criar para outras mídias", afirma.
Na mesma agência, Rui Gianolla, 32, também redator, vê na Internet "uma ferramenta sem limites" para a criação."É como se um novo continente, totalmente inexplorado, tivesse aparecido."





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