|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Profissional opta por manter plano de saúde particular
Rotatividade do mercado e insatisfação com benefício da empresa fazem funcionário buscar cobertura extra
PATRÍCIA BASILIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Insatisfeitos com o plano
de saúde empresarial e inseguros quanto ao futuro profissional, alguns brasileiros
recorrem à assistência médica particular para ter cobertura independentemente do
vínculo empregatício.
Dados da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde
Suplementar) mostram que
3,4% das 44 milhões de pessoas cobertas pela rede privada de saúde no país têm
dois planos de assistência
médica particular.
"Esse resultado se deve,
principalmente, a trabalhadores formais que querem
uma cobertura melhor ou
àqueles que têm medo de
perder o emprego", considera o diretor-executivo da entidade, José Cephin.
A publicitária Natália Lamano, 24, é exemplo de profissional que mantém dois
planos de saúde privados.
Descontente com o oferecido
pela empresa em que atua,
mantém outro. "O empresarial não tem a mesma rede de
atendimento. É básico."
Outro motivo que a levou a
desembolsar uma mensalidade de R$ 300 com assistência médica foi a possibilidade
de perder o emprego. "Estou
preparada para qualquer imprevisto", destaca Lamano.
No caso do profissional
precisar contratar um plano
de assistência individual, a
carência máxima para uma
consulta, por exemplo, pode
chegar a seis meses.
Para Claudio Deddeca, especialista em história do trabalho da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas),
os profissionais jovens são o
que mais apostam na dupla
seguridade devido à alta rotatividade no mercado."Eles
têm pouca experiência e trocam de emprego," explica.
ESTABILIZADO
Em contraposição, trabalhadores mais experientes,
especialmente os que trabalham no setor industrial, assinala Deddeca, tendem a
criar carreira em uma empresa e confiar nos benefícios
oferecidos por ela.
O analista econômico da
Scania, multinacional do setor automotivo, Ronaldo Carvalho, 48, tem só o plano empresarial. Há 24 anos na organização, está satisfeito com o
benefício e não pensa em
contratar um privado.
"Não só a cobertura médica é suficiente às minhas necessidades, como não penso
em trocar de emprego", analisa o administrador.
Outro fator responsável
pela adesão a outro plano de
saúde, segundo Deddeca, é o
aumento do poder de compra. "O brasileiro tende a investir a renda extra na saúde
e segurança da família."
Texto Anterior: Vagas: Allis seleciona 15 mil profissionais para postos temporários Próximo Texto: Indústria é o setor que mais oferta benefício Índice | Comunicar Erros
|