S?o Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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Profissional opta por manter plano de saúde particular

Rotatividade do mercado e insatisfação com benefício da empresa fazem funcionário buscar cobertura extra

PATRÍCIA BASILIO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Insatisfeitos com o plano de saúde empresarial e inseguros quanto ao futuro profissional, alguns brasileiros recorrem à assistência médica particular para ter cobertura independentemente do vínculo empregatício.
Dados da FenaSaúde (Federação Nacional de Saúde Suplementar) mostram que 3,4% das 44 milhões de pessoas cobertas pela rede privada de saúde no país têm dois planos de assistência médica particular.
"Esse resultado se deve, principalmente, a trabalhadores formais que querem uma cobertura melhor ou àqueles que têm medo de perder o emprego", considera o diretor-executivo da entidade, José Cephin.
A publicitária Natália Lamano, 24, é exemplo de profissional que mantém dois planos de saúde privados. Descontente com o oferecido pela empresa em que atua, mantém outro. "O empresarial não tem a mesma rede de atendimento. É básico."
Outro motivo que a levou a desembolsar uma mensalidade de R$ 300 com assistência médica foi a possibilidade de perder o emprego. "Estou preparada para qualquer imprevisto", destaca Lamano.
No caso do profissional precisar contratar um plano de assistência individual, a carência máxima para uma consulta, por exemplo, pode chegar a seis meses.
Para Claudio Deddeca, especialista em história do trabalho da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), os profissionais jovens são o que mais apostam na dupla seguridade devido à alta rotatividade no mercado."Eles têm pouca experiência e trocam de emprego," explica.

ESTABILIZADO
Em contraposição, trabalhadores mais experientes, especialmente os que trabalham no setor industrial, assinala Deddeca, tendem a criar carreira em uma empresa e confiar nos benefícios oferecidos por ela.
O analista econômico da Scania, multinacional do setor automotivo, Ronaldo Carvalho, 48, tem só o plano empresarial. Há 24 anos na organização, está satisfeito com o benefício e não pensa em contratar um privado.
"Não só a cobertura médica é suficiente às minhas necessidades, como não penso em trocar de emprego", analisa o administrador.
Outro fator responsável pela adesão a outro plano de saúde, segundo Deddeca, é o aumento do poder de compra. "O brasileiro tende a investir a renda extra na saúde e segurança da família."


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