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Segmentos com defasagem de profissionais retêm idosos
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Enquanto, para alguns, as
portas do mercado de trabalho
se fecham, para outros, ofertas
não faltam nem na crise.
"Recebi um convite na semana passada", afirma Alfredo
Ferreira Marques, 68, que se
aposentou em 1994, mas não
parou de trabalhar.
O profissional traz na bagagem quatro décadas de experiência em Cobol, linguagem de
programação em informática.
A carência de trabalhadores
na área os torna muito cobiçados, avalia o presidente da empresa BRQ, Benjamin Quadros.
"Os jovens estão mais interessados em microinformática."
O salário de um especialista
em Cobol chega a R$ 15 mil, diz
Quadros. Hoje um analista sênior sem esse conhecimento
recebe, em média, R$ 7.700.
A remuneração, afirma Marques, "influencia muito" a permanecer na ativa. "Eu perderia
um pouco [o padrão de vida]."
Carência
Outras áreas registram déficit de profissionais -o que faz
com que pessoas com mais de
60 anos e experiência estejam
na mira dos recrutadores.
Engenharia civil é uma delas,
diz Francisco Kurimori, chefe
de gabinete do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia,
Arquitetura e Agronomia).
Segundo ele, a partir de 1970,
os profissionais migraram para
áreas como a financeira.
Em 2007, com novos investimentos, as empresas passaram
a precisar de mais pessoal. "Boa
parte está para se aposentar."
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