São Paulo, domingo, 29 de março de 2009

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Segmentos com defasagem de profissionais retêm idosos

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Enquanto, para alguns, as portas do mercado de trabalho se fecham, para outros, ofertas não faltam nem na crise.
"Recebi um convite na semana passada", afirma Alfredo Ferreira Marques, 68, que se aposentou em 1994, mas não parou de trabalhar.
O profissional traz na bagagem quatro décadas de experiência em Cobol, linguagem de programação em informática.
A carência de trabalhadores na área os torna muito cobiçados, avalia o presidente da empresa BRQ, Benjamin Quadros. "Os jovens estão mais interessados em microinformática."
O salário de um especialista em Cobol chega a R$ 15 mil, diz Quadros. Hoje um analista sênior sem esse conhecimento recebe, em média, R$ 7.700.
A remuneração, afirma Marques, "influencia muito" a permanecer na ativa. "Eu perderia um pouco [o padrão de vida]."

Carência
Outras áreas registram déficit de profissionais -o que faz com que pessoas com mais de 60 anos e experiência estejam na mira dos recrutadores.
Engenharia civil é uma delas, diz Francisco Kurimori, chefe de gabinete do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia).
Segundo ele, a partir de 1970, os profissionais migraram para áreas como a financeira.
Em 2007, com novos investimentos, as empresas passaram a precisar de mais pessoal. "Boa parte está para se aposentar."


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