S?o Paulo, domingo, 29 de maio de 2011 |
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Alto escalão é mais suscetível a estresse No país, 1,3 milhão de profissionais se afastaram do trabalho por problemas emocionais, diz estudo da UnB
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Profissionais que ocupam cargos de alta responsabilidade estão mais suscetíveis a problemas emocionais como estresse, segundo especialistas ouvidos pela Folha. A extenuante rotina de tomada de decisões, de reuniões e de viagens são fatores preponderantes para a configuração desse quadro. As distorções no comportamento, porém, são distintas entre os gêneros. "As mulheres costumam chorar e são mais sentimentais; os homens se tornam agressivos e impacientes", compara Ana Cristina Limongi- França, coordenadora do Núcleo de Gestão da Qualidade de Vida do Trabalho da Universidade de São Paulo. A especialista estima que, Nos últimos cinco anos, os pedidos de demissão por questões relacionadas a estresse tenham representado de 30% a 40% dos desligamentos. Em abril, pesquisa da UnB (Universidade de Brasília) mostrou que, por problemas emocionais, 1,3 milhão de brasileiros receberam auxílio- doença em 2008. PRESSÃO ALTA O coordenador fiscal Mauro Barros teve que diminuir o ritmo devido aos efeitos da sobrecarga no organismo. Com equipe reduzida na multinacional em que atuava e sob pressão da matriz, o profissional trabalhava de 14 a 16 horas por dia. As fortes dores de cabeça foram determinantes para que procurasse um hospital, onde foi orientado a utilizar um monitor de pressão. Em momento de pico, no dia seguinte à consulta, o aparelho registrou pressão arterial de 22 por 12 -pela diretriz da American College of Cardiology Foundation e da American Heart Association, ela deve ser menor que 14 por 9 em pessoas de até 79 anos. "O médico pediu para eu parar, pois estava prestes a sofrer um AVC [acidente vascular cerebral]", diz ele. "Aproveitar momentos de relaxamento para realizar alguma atividade que faça o profissional se desvencilhar do trabalho, além de manter alimentação adequada, é importante para a saúde", afirma Ligia Raquel Brito, médica do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos. (JM) Texto Anterior: Saúde mental é foco em 75% das empresas Próximo Texto: Frase Índice | Comunicar Erros |
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