Vendedor técnico e recepcionista hospitalar obtiveram os maiores e os menores reajustes

Renato Stockler/Folha Imagem

Uma coisa é certa: para obter reajuste médio de 74,59% em cinco anos -32,7 pontos percentuais acima da inflação acumulada no período-, é preciso vender muito bem seu peixe. E eles sabem. Entre os repasses salariais do nível médio, os campeões foram os vendedores técnicos, segundo o Datafolha.
São as indústrias, sobretudo as de base, as empresas que mais os contratam. A competitividade, porém, é tão grande que se torna cada vez mais comum a exigência de nível superior na área de atuação.
Raquel Correa, consultora de RH das Tintas Coral, diz que "um bom vendedor técnico deve ter flexibilidade para trabalhar em diferentes segmentos". E descreve: "Ele tem de possuir conhecimento profundo sobre o produto e a concorrência, além de atuar na pós-venda".
Já na outra ponta da gangorra, a área de recepção hospitalar nem sequer cobriu a inflação do período -o reajuste foi de 34,82%. Verifica-se, contudo, aumento pela demanda de profissionais qualificados.
De acordo com Marcelo Boeger, presidente da Sociedade Brasileira de Hotelaria Hospitalar, nos últimos cinco anos, cresceu o número de hospitais. "Alguns contratam pessoas com o ensino médio completo. Outros preferem aqueles que estudaram hotelaria", relata.
Independentemente da área de formação, as chances de o contracheque engordar crescem com formação especializada e qualidade de atendimento.
"Além de tratar bem o cliente, o recepcionista deve ter consciência de que está lidando com pessoas doentes", diz o coordenador de hospitalidade do Albert Einstein, Marcos Soares. "Muitas vezes, o cliente vem para uma cirurgia com a sensibilidade exacerbada, e o funcionário tem de estar preparado para ser tratado com indelicadeza", exemplifica. (MCM)


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