S?o Paulo, domingo, 30 de janeiro de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Exonerados enfrentam preconceito

Funcionários devem ser honestos na entrevista, orientam especialistas

DE SÃO PAULO

Após a demissão, ex-funcionários públicos que buscam recolocação no setor privado podem ter dificuldades para conseguir uma vaga devido ao "currículo manchado", apontam especialistas ouvidos pela Folha.
Segundo Silvia Gerson, consultora do Grupo Foco, a situação exige sinceridade e "jogo aberto" do exonerado.
Ela explica que, ao ver a demissão no currículo, é provável que a empresa apure o motivo do desligamento e peça referências do candidato.
Segundo o advogado Cezar Augusto de Souza Oliveira, "a omissão pode levar à demissão por justa causa, por falso testemunho".
Gerson pondera que, quando o profissional está há muito tempo no funcionalismo público, fica difícil imaginar a adaptação ao mundo corporativo. Nesse caso, a indicação a uma vaga pode ser o caminho mais simples.
O motorista Nivaldo Silva, 46, tem ordem judicial de reintegração e pode voltar ao cargo na Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) de São José do Rio Preto (a 438 km de SP).
Em 2008, ele e outros oito colegas foram demitidos, acusados de má conduta -por passar mais tempo do que o permitido no horário de almoço- e de recebimento de gratificação extra, devido a uma irregularidade no pagamento do vale-refeição.
Conseguiu trabalho como almoxarife. "Quando se tem 22 anos de emprego público, fica difícil conseguir emprego privado. Só fui aceito porque fui indicado", conta.
Silva foi julgado e absolvido de todas as acusações. "Volto para o meu cargo a qualquer momento."


Texto Anterior: Demitido pode entrar com ação de indenização por dano moral
Próximo Texto: Homônima é exonerada de cargo público
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.