São Paulo, domingo, 30 de julho de 2006

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cursos

Decisões racionais devem ser guiadas pelos sentimentos

Em aula, participantes expõem sensações e descobrem que habilidades emocionais podem ser melhoradas

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Como posso controlar a vontade de chorar ao discutir com meu chefe?"; "Quero acabar com a sensação de que falei com as paredes quando me comunico com a minha equipe".
Essas foram algumas das reivindicações dos participantes do curso de inteligência emocional do qual a Folha participou no início deste mês, organizado pelo Grupo Ser.
Em oito horas de treinamento, os sete aprendizes ouviram as explicações do psiquiatra Dácio Bonoldi Dutra sobre o funcionamento do cérebro em relação às emoções.
Catártico, o curso incentivou as pessoas a trocar experiências em vários momentos. "Obrigada a todos! Aprendi muito com vocês", afirmou, ao final da jornada, a administradora de empresas Maria Cecília da Silva, 36. "Resolvi procurar o curso como mais uma ferramenta de autoconhecimento. Acredito ser o caminho mais adequado para nos reinventarmos a cada dia", sugere.

Equilíbrio sentimental
Os sentimentos têm papel de destaque nas decisões racionais, funcionando como guias. Eles capacitam o cérebro a pensar -mas, quando exagerados ou ausentes, podem prejudicar a capacidade intelectual.
É claro que em oito horas ninguém aprende a equilibrar seus sentimentos, mas a proposta do curso não é essa. O intuito é mostrar que aptidões emocionais decisivas podem ser aprendidas e melhoradas. E que quem consegue fazê-lo usa melhor outras habilidades.
"Vou parar, dar aquela respirada e mudar minha postura", decidiu, durante a aula, a gerente Audrey Galbiati Porto, 29. Dias depois, ela reflete: "O curso me fez enxergar coisas a meu respeito que me incomodavam em outras pessoas. O melhor foi aprender a ter mais calma para tratar os outros".
Isso foi possível porque, nos exercícios, os participantes falaram de si e dos colegas, o que, por vezes, expôs a diferença entre o que pensamos de nós mesmos e o que transmitimos a nosso respeito para os que estão à nossa volta.
"As organizações precisam que seus funcionários façam bom uso de sua inteligência emocional", preconiza Dutra. Para ele, entre os ganhos de quem consegue desenvolver essa competência está a capacidade de empreender. "As lideranças hoje delegam mais, pois o tempo é curto. As organizações exigem mais empreendedorismo", arremata. Inteligência emocional - Grupo Ser
0/xx/11/3873-0620
Preço: R$ 420


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