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PROFISSÕES VERDES
Valorização de ações impulsiona mudança interna
Índice verde leva empresas
a organizar
e monitorar políticas sociais
e ambientais
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Não demorou para que o ISE
(Índice de Sustentabilidade das
Empresas), criado em 2005, ganhasse adeptos de peso, especialmente no setor industrial.
Entre as firmas de capital
aberto que passam por essa
avaliação da Bovespa (Bolsa de
Valores de São Paulo) há grande participação de empresas
energéticas, financeiras e da indústria de base.
Essa adesão tem rendido frutos: neste ano, as 34 companhias listadas, de 14 setores, totalizaram R$ 700,7 bilhões em
valor de mercado -48,5% da
capitalização total da Bovespa.
De dezembro de 2005 a agosto
de 2007, o ISE teve valorização
de 65,41% -a do Ibovespa foi
de 71,19% nesse período.
Para se manter nessa carteira, diretorias estão de olho no
grau de alinhamento de suas
políticas com os parâmetros do
ISE, índice composto de ações
emitidas por corporações com
alto grau de comprometimento
com sustentabilidade e responsabilidade social.
As mais bem avaliadas têm
algumas características em comum: contam com instrumentos de gestão de sustentabilidade e produzem relatório sobre
o assunto, têm políticas na área
formalizadas e implementadas,
estabelecem metas de desempenho e fazem prestação de
contas com transparência.
Mudança de ares
"Cuidar do ambiente significa reduzir custos, e isso atrai investidores, que preferem empresas sem passivos ambientais, econômicos ou jurídicos",
diz Durval Nascimento Neto,
gerente de meio ambiente da
ALL (América Latina Logística), que está na carteira do ISE.
As empresas energéticas se
destacam entre as participantes do indicador e checam
constantemente suas políticas.
"Implemento ações e reforço
o que já existe para melhorar os
nossos índices de sustentabilidade", diz Ricardo Camargos,
engenheiro mecânico e analista de meio ambiente da Cemig.
Aproveitando a crescente
atenção dada a essas questões e
as mudanças que companhias
promovem internamente, Susie Pontarolli mudou de ares
dentro da Copel (Companhia
de Energia Elétrica do Paraná).
Formada em comunicação
social, ela hoje é coordenadora
de responsabilidade social. Algumas de suas atribuições são
disseminar conceitos sustentáveis dentro da empresa, atender a demandas da comunidade
e acompanhar os indicadores
da companhia.
Ela comenta que o mercado
de investimento socialmente
responsável tem crescido muito, e as empresas devem acompanhar esse ritmo. "Parece que
finalmente caiu a ficha do empresariado de que investir em
empresas sustentáveis é o único negócio", avalia. (RGV e LV)
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