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São Paulo, domingo, 30 de novembro de 2003

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ECONOMIA

Alternativas como ambiente, terceiro setor e planejamento estratégico geram vagas e oferecem campo de trabalho diferenciado

Financeiras deixam de ser 1ª opção

ALEXANDRE SAMMOGINI
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Quem quer crescer na economia deve canalizar esforços pa- ra novas áreas como alternativa ao enxugamento dos quadros das instituições financeiras.
As tradicionais ofertas nos bancos são substituídas pela indústria, pelo setor de serviços e por áreas incomuns aos economistas, como jurídica e ambiental.
O perfil comum do economista focado na análise de indicadores macroeconômicos está perdendo espaço para os especializados na economia do dia-a-dia.
"O foco está voltado para medir resultados e traçar cenários para o futuro", define Synésio Batista da Costa, presidente do Conselho Regional de Economia do Estado de São Paulo (Corecon-SP).
As questões ambientais começam a demandar economistas com a função de avaliar aspectos econômicos de impacto no tema.
Segundo o professor Antônio Carlos Coelho Campino, vice-presidente do departamento de Economia da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), nutrição e saúde também são áreas que começam a sentir a necessidade de profissionais com o perfil do economista.
A USP já tem um curso de pós "stricto sensu" em nutrição, o Pronutri (Programa de Pós-graduação em Nutrição), e também o Procam (Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais). A universidade deve oferecer especialização em gestão de saúde a partir de 2004.

Riscos
A procura por pessoas especializadas tem crescido principalmente para planejar estratégias de proteção do negócio da empresa.
"Antigamente, cada área de uma empresa controlava os seus riscos, mas hoje existe a necessidade de ter um profissional, geralmente um economista, olhando tudo e entendendo a relação entre eles", conta Gino Oyamada, vice-presidente da região sul da consultoria Fesa Global Recruitment.
"O economista que pretende se destacar nessa área deve dar muita atenção à formação quantitativa, em matemática e estatística", reforça Marcelo Rabbat, economista e sócio da consultoria PRA. "Ultimamente, o aumento da procura por nossos serviços é maior entre empresas do setor elétrico e de telefonia, além dos fundos de previdência."
A Telemar, por exemplo, emprega economistas em suporte e serviços. "Aqui o economista tem o mesmo espaço que o administrador, com a vantagem de ter um entendimento mais ágil dos números usados na busca de resultados", diz Selma Rocha Fernandes, 36, gerente de desenvolvimento.



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