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Profissionais "sem-diploma" perdem competitividade em concurso público
DA REPORTAGEM LOCAL
A muitas vezes longa espera
pela validação coloca em xeque
planos de curto e médio prazos.
Principalmente se o profissional pretende conquistar um
cargo em órgãos públicos.
Em concursos, após as provas, são avaliados os títulos de
candidatos -mestrados e doutorados contam pontos.
No processo de conseguir os
documentos necessários para
tornar válido seu diploma de
doutorado em sociologia na
Universidade de Oxford, na Inglaterra, Celso Rocha de Barros, 36, teve de adiar os planos
de se tornar professor de uma
universidade pública no Brasil.
Em concurso, também perdeu pontos. Participou de uma
seleção para o Ipea (Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada). Com o reconhecimento, teria obtido a quinta posição.
Sem ele, despencou para a 18ª.
A despeito dessa situação, ele
reflete sobre a experiência no
exterior: "O ganho acadêmico
foi brutal, mas é um investimento de longo prazo".
Algumas vezes, no entanto, a
banca reconhece o esforço do
profissional que foi cursar uma
pós stricto sensu no exterior.
A diretora-presidente do
Ipeafro (Instituto de Pesquisas
e Estudos Afro-brasileiros),
Elisa Larkin Nascimento, 56,
afirma que, em uma seleção para professora de uma universidade pública, teve o doutorado
em direito, cursado nos Estados Unidos, considerado pela
banca. O diploma não pôde ser
validado porque, segundo ela,
a apresentação da tese não foi
pública, como é aqui no Brasil.
No concurso, diz Nascimento, o título foi aceito como mestrado. "Achei justo terem considerado algo [pelo título]."
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