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Engenheiro que prevê problemas ganha espaço
Profissional tem funções como avaliar desgaste de peças e antever defeitos
PAULA NUNES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O mercado começa a exigir
profissionais que, com base
em informações numéricas e
em testes de laboratório, desenvolvam ações de prevenção de problemas nas máquinas da indústria e nos processos do setor de serviços.
Surge, então, o engenheiro de confiabilidade, um profissional apto a assegurar
que tudo funcione corretamente, sem surpresas, analisando itens como desgaste
de máquina e uso de óleo.
Trata-se de uma especialidade nova e desconhecida
por parte dos profissionais.
"O tema ficou muito tempo esquecido devido à complexidade matemática e à necessidade de grandes computadores", explica Cláudio
Spanó, diretor da ReliaSoft,
de treinamento e desenvolvimento de softwares de engenharia de confiabilidade.
O mercado ganhou não só
ferramentas que executam
complicados cálculos matemáticos como cursos em engenharia de confiabilidade.
Um deles é o de especialização na PUC Minas (Pontifícia Universidade Católica).
"[Ele] tenta preencher a lacuna de não existir uma graduação em confiabilidade",
destaca a professora Alessandra Lopes Carvalho.
Da primeira turma, que se
formará em dezembro, boa
parte é de engenheiros, mas
um é matemático.
VETERANOS
Não são só novatos que
têm escolhido esse caminho
na indústria. Os mais velhos
geralmente são impelidos
para a especialização pelas
companhias em que atuam.
Eduardo Adan, 46, engenheiro de confiabilidade que
trabalha com desenvolvimento de projeto em uma
empresa de motores, especializou-se na área em 2001
por exigência do mercado.
Quatro anos depois, foi
"caçado" por um "headhunter" e até hoje, diz ele, é procurado pelas empresas.
No Brasil, mais de 80%
dos especialistas são absorvidos pela indústria de base,
no setor de manutenção. É o
caso de José Carlos Mora, 53,
que há oito anos se especializou em confiabilidade e adora fazer previsões. "Com isso,
você não será surpreendido
pelo equipamento."
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