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'Moderação nos chateia, gostamos de extremos'

COLUNISTA DA FOLHA

Autor de "O Ultramaratonista" e cheio de conquistas em provas de distâncias muito longas, o norte-americano Dean Karnazes, 49, é uma espécie de evangelista internacional da ultradistância. Enfrentou desafios como fazer 50 maratonas em 50 dias seguidos -o que lhe valeu um segundo livro- e foi considerado pela revista "Time", em 2006, uma das cem pessoas mais influentes no mundo. Ele fala aqui sobre suas motivações.

Folha - O que há de bom na ultramaratona?
Dean Karnazes - Nos dias de hoje, quando o transporte motorizado tornou correr obsoleto e desnecessário, a ultramaratona satisfaz uma necessidade muito primitiva dos seres humanos, a do movimento. Falta atividade física em nossa vida moderna, e a ultramaratona faz um chamado às nossas raízes.

Por que correr 160 km se você pode fazer uma maratona ou corridas mais curtas?
Praticamente qualquer um pode correr uma prova de 5 km, 10 km ou mesmo uma maratona. Mas correr 100 milhas (160 km) já exige um nível de compromisso e de dedicação mais profundo, o que atrai um certo grupo.

Por que ultramaratonistas parecem querer provas sempre mais difíceis, em condições muito adversas?
Os ultramaratonistas naturalmente têm uma vocação para desafios extremos, seja em relação ao tipo de terreno, ao clima ou à distância. A moderação nos chateia, nós gostamos de coisas intensas. Já corri pelo deserto de Gobi, no Atacama, no Saara e no vale da Morte. Também fiz uma maratona no polo Sul em condições terríveis. O ultramaratonista vive para ir aos extremos. (RL)

Leia mais entrevistas sobre ultramaratonas no blog +Corrida
maiscorrida.folha.com.br

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