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Novos cremes à base de soja podem ser a solução de um problema antigo que incomoda especialmente as mulheres: as rugas. Estudos em quatro centros de pesquisa, que avaliaram o produto em aproximadamente 200 mulheres nos Estados Unidos e na África do Sul, apresentaram resultados entre quatro e 12 semanas após o início do uso do creme. "Houve melhora na elasticidade, na pigmentação e na textura da pele", diz a dermatologista Patrícia Rittes, que participou, em fevereiro, do encontro anual da Academia Norte-Americana de Dermatologia, em Nova Orleans, onde os estudos foram apresentados.
Segundo a médica, a película que recobre o grão de soja contém uma substância semelhante ao estrógeno, o hormônio feminino. "Essa substância faz as vezes do estrógeno, aumentando a produção de colágeno e elastina", diz a dermatologista. De acordo com as pesquisas, a síntese de colágeno foi elevada em 60%.
Quando uma pessoa envelhece, a pele começa a afinar e, à medida que isso ocorre, a pele do rosto forma vincos -as populares rugas. A ação do colágeno é evitar o afinamento da pele. Já a elastina é responsável por garantir mais elasticidade. Um dos centros de pesquisa que está trabalhando com esses produtos acrescentou ainda vitaminas C e E ao creme para melhorar a textura e a pigmentação. "O creme reduziu até mesmo as manchas de pele comuns no envelhecimento", afirma Rittes.
Além desse novo creme, a única substância capaz de estimular a produção do colágeno é o ácido retinóico, cuja principal indicação é o tratamento da acne. No entanto ele possui várias restrições, como ser administrado somente no inverno, já que o usuário deve ficar longe do sol. "Com o creme à base de soja, não houve casos de reações adversas", diz Rittes.
Para mulheres que querem tratar as rugas, o creme deve ser aplicado duas vezes por dia. Para preveni-las, basta uma vez. O produto ainda não foi lançado comercialmente no Brasil, mas pode ser fabricado em farmácias de manipulação mediante receita prescrita por um dermatologista. (GABRIELA SCHEINBERG)


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