KARINA KLINGER
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Uma suplementação alimentar especial, consumida de cinco a sete dias antes de uma intervenção cirúrgica de grande porte, pode evitar em até 50% os riscos de infecções pós-operatórias, agilizando também a recuperação do paciente. Essa prática foi discutida no 1º Congresso Mundial de Nutrição, realizado na semana passada, no Rio de Janeiro.
Atualmente, pacientes que se submetem a grandes cirurgias, como retirada de tumores cerebrais ou determinadas intervenções cardiovasculares, recebem a suplementação após a operação. "Nem sempre, porém, esses nutrientes são devidamente absorvidos, porque os pacientes estão debilitados e com baixa tolerância", explica Dan Waitzberg, professor de gastroenterologia da Faculdade de Medicina da USP. "No novo método, o paciente recebe os nutrientes antes da operação, quando está bem, sem enjôos ou dores."
Waitzberg foi um dos consultores da pesquisa mundial sobre suplementação alimentar pré-operatória, realizada por 18 equipes médicas de diferentes países, entre eles Estados Unidos e Japão. O estudo, com 2.300 pacientes, adotou a metodologia conhecida como duplo-cego. Parte dessas pessoas utilizaram o suplemento Impact, e as demais consumiram placebo (substância inócua). Tanto médicos como pacientes desconheciam quem estava tomando o quê.
"A taxa de infecções caiu pela metade, e houve diminuição de ruptura de feridas e melhora na cicatrização; assim, foi possível reduzir o tempo de hospitalização em dois dias e meio", diz Waitzberg. O suplemento, produzido pelo laboratório Novartis, possui altas concentrações de nutrientes como arginina (melhora a cicatrização), ácido graxo ômega 3 (reduz a intensidade das reações inflamatórias) e glutamina ("combustível" para o desenvolvimento celular).
Alguns peixes, por exemplo, são ricos em ômega 3. É impossível, porém, obter a quantidade necessária desses nutrientes por meio da alimentação convencional, explica Waitzberg. "Eles se apresentam em baixas quantidades nos alimentos", diz o médico.

Degeneração macular, que pode causar cegueira, afeta cerca de 2,9 milhões de brasileiros

Como uma droga Amar pode provocar sensações semelhantes às registradas quando se consome cocaína. A atração sexual faz com que o cérebro libere dopamina, um neurotransmissor que causa as mesmas reações da droga, explica John Marsden, coordenador do Centro Nacional do Vício (Reino Unido). Mas esse "efeito colateral" da paixão não é eterno: dura de três a sete anos.

Exercícios para o futuro Mulheres que permanecem fisicamente ativas -caminham regularmente, por exemplo- possuem mais chance de manter sua independência à medida que envelhecem. O resultado foi obtido a partir do acompanhamento da saúde e dos hábitos de 171 mulheres durante 14 anos, feito por cientistas da Universidade de Pittsburgh (EUA).

Leitura para relaxar Em "Aprenda a Meditar" (160 págs., R$ 29, ed. Publifolha, tel. 0800-140090), o psicólogo David Fontana, professor da Universidade de Cardiff (Reino Unido), mostra como aquietar a mente pode reduzir a ansiedade e aumentar o bem-estar. O livro contém mais de 20 exercícios entremeados com textos que fundamentam a prática da meditação.

Tempero saudável A perfumada canela pode ajudar os diabéticos. Segundo estudo norte-americano divulgado pela revista médica "Diabetes Care", essa especiaria contém uma substância que "imita" a ação da insulina, ajudando a reduzir os níveis de açúcar, triglicérides e colesterol. Os pesquisadores sugerem o consumo de aproximadamente meia colher (chá) de canela por dia.

Palestra sobre reprodução Na próxima quarta-feira (10/12), às 20h, o hospital Sírio Libanês (SP) promoverá uma palestra gratuita com o ginecologista Joji Ueno. O médico abordará as causas da infertilidade e os tratamentos de reprodução assistida. Os interessados devem se inscrever pelo tel. 0/xx/11/3155-0245.


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