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Gravidez escondida do marido
A consultora de comunicação Lúcia Pinto, 40, passou dos 32 aos 38 anos
tentando engravidar. Na
sexta tentativa, após mais
de R$ 25 mil gastos e escondida do marido, conseguiu o que queria. Apesar da alegria da chegada
da filha - "A Rafaela é
meu anjo"-, Lúcia não
esquece o sofrimento dos
seis anos de tentativas
malsucedidas. Sobre tentar outro filho, ela é enfática: "Jamais. Sempre quis
ter muitos, mas não tentaria de novo".
Rafaela só foi concebida
quando o óvulo de Lúcia
foi "reforçado" com a injeção de 10% de citoplasma de um óvulo de doadora jovem. Já havia recorrido a três inseminações artificiais e duas fertilizações in vitro convencionais. Mas a odisséia do
casal havia começado antes. Saulo, o marido, era
vasectomizado e só conseguiu reverter a operação
na segunda tentativa. Mas
como ainda assim Lúcia
não engravidava, recorreu
à reprodução assistida.
"Primeiro, achava que a
vasectomia não tinha sido
revertida. Depois descobri
que havia algo errado comigo também", conta. Os
seis anos de luta "destruíram" a estabilidade emocional de Lúcia. "Enlouqueci, fiquei pirada. O
Saulo viu o estado em que
eu havia ficado da última
vez e decidiu não tentar
mais."
Por tabela, ela desistiu,
até seu médico mencionar
uma técnica recém-descoberta, a transferência de
citoplasma. "Eu me animei, mas sabia que meu
marido não concordaria.
Como ele tinha espermas
congelados, resolvi levar o
tratamento adiante sozinha, em segredo. Enfrentei todas as etapas sem
ajuda do meu marido porque fiz tudo em segredo.
Um lado bom: como não
havia contado para ninguém, não havia perguntas nem pressão. Aliás, o
ideal mesmo é que ninguém fique sabendo."
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