São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2006 |
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Vegetarianismo Grupo de pesquisa da PUC usa alimentos na busca de soluções artísticas Natureza viva
DENISE MOTA
Em tendas sustentadas por bambus ou em sala de aula ladeada por jaqueiras,
eles trabalham em torno do poder da flor -e não há nenhum exercício de
nostalgia sessentista. Trata-se de um dos temas centrais sobre o qual se organiza o Biochip, grupo de experimentação da PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), aberto à participação pública até 10 de junho.
O outro, de formação em empreendedorismo ambiental solidário, tem como exigência haver participado do primeiro grupo. O objetivo aqui é expandir as experiências realizadas na pesquisa com os alimentos, e a ênfase está em atitudes e atividades voltadas para a promoção do ambiente. "Aprendemos com a cenoura, com a maçã, com a couve, com o girassol", afirma Branco. "E, como nosso corpo passa a ser composto por essas verdades, naturalmente irradiamos essa luz contida nos frutos da terra." O grupo realiza todas as quintas-feiras a Feira do Desenho Vivo, onde são oferecidos para degustação alguns dos resultados do Biochip. No Brasil, o trabalho com "alimentos vivos", como são descritos os materiais que integram a pesquisa, encontra na arte sua mais visível forma de expressão. Mas, alerta a professora, apreender as propostas e conceitos aliados a esse estudo -"o modo de fazer", como ela descreve- requer tomar contato com escritos de fontes bastante diversas. A pesquisa se baseia em autores que tratam desde nutrição e agricultura ecológica a taoísmo, shiatsu, filosofia e ética, por exemplo. O Biochip também realiza projetos direcionados a crianças. Durante as feiras, oferece oficinas que têm o objetivo de desenvolver uma massa de modelar comestível. "Comer é conhecer. Sabor e saber são palavras que têm a mesma origem", comenta a pesquisadora. "Enquanto somos crianças, usamos as mãos para levar à boca tudo aquilo que queremos conhecer. E agora podemos continuar a fazer o mesmo. Cada semente armazena informações singulares, sabe do sol, das estações, da chuva, dos insetos, de quem plantou, de quem as cuidou", afirma. GRUPO DE ESTUDO, PESQUISA E DESENHO COM MODELOS VIVOS Onde: Laboratório de Investigação em Living Design da PUC-RJ (r. Marquês de São Vicente, 225, Gávea, Rio de Janeiro, tel. 0/xx/21/3114-1585, ramal 361) Quanto: entrada franca Quando: às segundas e quartas-feiras, das 9h às 11h; e alguns sábados, das 8h às 12h, em hortas de cultivo orgânico; até 10 de junho Texto Anterior: Receita Próximo Texto: Obras chegam a São Paulo em agosto Índice |
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