Esporte une canoagem com regras semelhantes às do polo aquático

DANIELA TALAMONI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Parece canoagem, mas é praticado na piscina -e com uma bola. Assim é o caiaque polo, que tem regras semelhantes às do polo aquático e trabalha principalmente os músculos dos braços e do tronco. Munidos de caiaque, remo e capacete, dez jogadores (cinco de cada lado) disputam a bola dentro de uma piscina olímpica.
O esporte, que surgiu há 30 anos na Inglaterra, não tem a popularidade de outras modalidades no Brasil, mas a forte atuação de equipes nacionais colocou o Rio de Janeiro como grande candidato a sediar, em 2014, o Campeonato Mundial de Caiaque Polo.
Para Diniz Mbute, membro do Comitê de Caiaque Polo da Confederação Brasileira de Canoagem, a disputa é emocionante. O atleta, hoje com 29 anos, apaixonou-se pelo esporte aos 14 e, desde 1996, joga pela seleção brasileira e já ajudou o Brasil a conquistar três campeonatos pan-americanos.
O objetivo do jogo é passar e arremessar a bola -a mesma do polo aquático-, com a ajuda dos remos e das mãos, até atingir o gol, dois metros acima da superfície da água. Os dribles e as jogadas são feitas com manobras típicas do slalom na canoagem, a modalidade radical praticada nas corredeiras dos rios.
Entre os movimentos mais comuns, estão a varredura (um impulso que afunda o bico do caiaque, levantando a traseira) e o rolamento (quando o caiaque dá um giro lateral de 360 graus e o atleta fica por alguns segundos debaixo d'água).
"A vantagem para quem gosta de esportes radicais é ter a possibilidade de remar e se divertir sem precisar viajar à procura de um rio", diz Ennio Robba, professor de muitos dos atuais competidores. O esporte, aliás, começou como um treinamento para os competidores ingleses de canoagem slalom, que não podiam praticar o esporte no inverno porque os rios congelavam.
Segundo Diniz, para levar um pouco da adrenalina dos rios para as piscinas, alguns detalhes são essenciais. Os caiaques são menores e mais leves do que os de lazer e têm as pontas protegidas com borracha e a entrada vedada para impedir a entrada de água.
Por manter as pernas imóveis, o esporte pode ser praticado por cadeirantes.

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