São Paulo, quinta-feira, 08 de janeiro de 2004
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correio Brevidade no fone "Quando lemos a declaração de Michael Kepp, em "Etiqueta telefônica brasileira" (ed. de 18/12), de que a desconfiança é algo inato ao povo brasileiro, pareceu-nos que a atitude mais comum seria dar uma boa gargalhada, em se tratando de quem faz a assertiva, o representante de um povo que tem primado -desconfiadíssimo!- por discriminar outros povos. Mr. Kepp chega a essa conclusão porque não consegue que os cidadãos da "terra brasilis" se despeçam dele com a mesma brevidade de que ele faria uso. O que mais espanta é o rol de preconceitos que desfilam diante de nossos olhos por ocasião da leitura de sua crônica. Poderíamos "dominar a arte da cordialidade" se fôssemos mais objetivos e menos desconfiados, como os americanos. Devemos nos desculpar de sermos como somos? Poderíamos seguir o exemplo de mr. Kepp, que procura entender uma cultura com seu olhar estrangeiro, a distância. Parece não saber que no Brasil as diversas etnias e realidades convivem, mesmo que não da forma mais igualitária, mas procurando respeitar a alteridade. Mas devemos entender mr. Kepp: respeito à alteridade, às diferenças, claro, nem sempre é possível num país que teve como uma de suas invenções a Ku Klux Klan. Entre suas proezas brilhantes, podemos também lembrar o lançamento de bombas atômicas, o financiamento de guerras e golpes militares em países subdesenvolvidos. Tudo em nome da objetividade, da suma confiança em si e da plena negação do outro. Mas o que importa mesmo é que lá as pessoas conseguem ser breves ao telefone..." Ana Cláudia Fernandes, Ana Eloísa Santana e Solange Mayumi Lemos, via e-mail Varizes "Dor e peso nas pernas podem ser sinal de problema vascular, mas poucas pessoas sabem disso. Sugiro uma reportagem sobre o tema, com indicações sobre tratamento para varizes." Maria Inês Murari, São Roque, SP Próximo Texto: Modos Índice |
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