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poucas e boas
Remédio em pó é opção para bebês asmáticos
KARINA KLINGER
FREE-LANCE PARA A FOLHA
No lugar de inaladores e comprimidos, um pó
que pode ser misturado a papinhas ou sucos e
colocado até na mamadeira. Já utilizado para
tratar a asma dos mais velhos, o montelucaste sódico
chega ao Brasil em nova versão, desenvolvida especialmente para crianças de seis meses a dois anos de idade.
Nessa faixa etária, o tratamento disponível até agora
restringia-se aos corticóides, geralmente aplicados por
meio de inalação. "O montelucaste sódico em pó facilita
a vida dos pais, já que a inalação em bebês é complicada
e envolve o uso de um espaçador, aparelho que facilita a
entrada do medicamento nas vias aéreas", diz o pediatra Bernardo Kiertsman, chefe do Setor de Pneumologia Pediátrica da Santa Casa de São Paulo.
A asma é uma inflamação das vias respiratórias que
causa sintomas como chiado no peito, falta de ar e tosse.
Indicado para asma de grau leve a moderado, o montelucaste sódico faz parte de um grupo de drogas, chamado de antileucotrienos, que age sobre essa inflamação.
De acordo com a alergista infantil Maria Cândida Rizzo, professora e pesquisadora da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo), o remédio reduz a freqüência e a
intensidade das crises porque bloqueia a ação dos leucotrienos, substâncias que provocam a inflamação das
vias aéreas. "É um benefício importante para a qualidade de vida das crianças asmáticas, que apresentam o triplo de hospitalizações e o dobro de passagens por serviços de emergência", afirma Kiertsman.
Embora ainda sejam a primeira escolha dos médicos
para os casos de asma, os corticóides podem apresentar
efeitos colaterais, principalmente quando são utilizados
por períodos mais longos. Entre esses efeitos estão desaceleração do crescimento no início do tratamento,
aumento da pressão arterial e descalcificação óssea. "A
grande vantagem dos antileucotrienos consiste na facilidade de administração por via oral e na quase ausência
de reações adversas", afirma Rizzo. A especialista alerta,
porém, que a resposta do paciente aos antileucotrienos
varia, pois a quantidade de leucotrienos liberada pelo
organismo difere de pessoa para pessoa.
Aproximadamente 60 milhões de brasileiros sofrem de doenças alérgicas
Cérebro enganado Quando o assunto é autopercepção corporal, o cérebro
pode ser facilmente enganado. Pelo menos é o que sugere um experimento britânico divulgado pela revista "Science Express". Os voluntários tiveram um de
seus braços presos embaixo de uma mesa. Exatamente na mesma posição, mas
sobre a mesa, foi colocado um braço de borracha. Os cientistas fizeram cócegas
com um pincel nos dois braços. Após 11 segundos de estimulação, o cérebro
passou a reagir como se o membro de borracha pertencesse ao voluntário. A
confusão perdurou após o fim das cócegas: quando foi solicitado aos voluntários que indicassem seus braços com a outra mão, a maioria apontou para o braço de borracha! Para perceber o corpo, o cérebro usa três "instrumentos": visão,
tato e localização espacial. Se os dois últimos estão confusos, a visão predomina
-o que explicaria, segundo os pesquisadores, por que o braço de borracha, visível sobre a mesa, passou a ser percebido como real.
Benefício em dobro Um cardápio rico em
peixes faz bem para a saúde mental das mães e
dos seus filhos, sugere estudo dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA, na sigla em inglês). Após acompanharem 14.500 grávidas, os
pesquisadores constataram menor incidência de
depressão pós-parto entre aquelas que ingeriram
peixe durante a gestação. Seus filhos também
apresentaram menor ocorrência de problemas
de comportamento e de aprendizado.
Para vítimas de queimadura Pessoas
com cicatrizes de queimadura podem fazer tratamentos estéticos gratuitamente na Universidade Anhembi-Morumbi, em São Paulo. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.anhembi.br ou pelo tel. 0/xx/11/6090-4561.
Prejuízo por tabela
Inalar a fumaça alheia
causa mais danos do que
se supunha. Pesquisadores das faculdades de
medicina St. George e
Royal Free de Londres
(Reino Unido) acompanharam mais de 2.000
homens desde 1978, medindo os níveis de cotinina -um subproduto
da nicotina- no sangue. Entre os não-fumantes que apresentavam níveis maiores dessa substância porque tinham contato com fumantes, registrou-se um
risco 50% ou 60% maior
de desenvolver doença
coronariana. Estudos
anteriores indicavam
que esse risco variava
entre 25% e 30%.
Aulas contra Alzheimer Um treinamento cognitivo adequado pode beneficiar pacientes nos primeiros estágios do mal de Alzheimer, sugere pesquisa
realizada com 44 pessoas e divulgada pela revista médica "American Journal of
Geriatric Psychiatry". Os voluntários foram divididos em dois grupos, e aqueles
que participaram das 24 aulas que ensinavam técnicas de memorização, entre
outras, como a associação de imagens, apresentaram, em comparação com os
demais, uma melhora de 170% no reconhecimento de nomes e rostos e de 71%
na capacidade de calcular o troco em compras.
Puberdade mais cedo Ficar muito tempo diante da televisão ou do computador pode antecipar as alterações hormonais características da adolescência, alertam pesquisadores da Universidade de Florença (Itália), que
avaliaram 74 crianças com idade entre 6 e 12 anos. A exposição à luz emitida por esses aparelhos reduz a produção de melatonina, hormônio associado ao início da puberdade.
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