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Música pode aumentar a produtividade
Na academia, música frenética, bem
ritmada. No aeroporto ou na sala de espera do consultório do dentista, uma trilha sonora suave, tranquila. Essas escolhas não são feitas por acaso. Mais que
simples fundos musicais, esses são exemplos de música funcional.
Presente em muitos ambientes coletivos, esse tipo de música é praticamente
imperceptível -as pessoas o ouvem
quase sem perceber- e possui objetivos
definidos, como retardar a fadiga ou melhorar a produtividade de trabalhadores
e estudantes e o desempenho de atletas,
por exemplo.
Mesmo quem possui formação musical
não está imune aos efeitos da música, incluindo a funcional. Prova disso é a experiência vivida por Maristela Smith, 50,
professora de musicoterapia do UniFMU
(Centro Universitário das Faculdades
Metropolitanas Unidas), e por sua filha
Denise, 24, psicóloga e estudante de canto lírico, em um supermercado de SP.
"Estávamos agitadas, como se algo nos
incomodasse. Colocamos os produtos no
carrinho sem nos preocuparmos com
marca ou preço. Inexplicavelmente, tínhamos pressa em sair daquele local. Minha filha disse: "Mãe, só pode ser essa
música!"." No supermercado, havia música ambiente -"sertaneja, do tipo comercial", lembra a professora.
Smith, apreciadora da música caipira
tradicional e fã de Inezita Barroso, explica que o musicoterapeuta não pode ter
preconceito em relação a nenhum gênero
musical. Como qualquer ser humano,
porém, ele também está sujeito ao prazer,
ou ao incômodo, que algumas músicas
podem provocar.
Quando bem empregada, a música
funcional aumenta a energia e a eficiência, eleva o ânimo, diminui as tensões e
quebra a monotonia. A programação
musical deve ser ouvida, mas não percebida. A trilha sonora precisa ser trabalhada cuidadosamente para que o interesse
das pessoas não se volte exclusivamente
para a música , o que prejudicaria a concentração e o rendimento.
A música funcional pode trazer bons
resultados até no trabalho. Empresas como BCN, Kibon e Panasonic já procuraram Smith no UniFMU, onde ela é coordenadora do curso de graduação em musicoterapia, para utilizar esse tipo de música para tornar seus ambientes de trabalho mais agradáveis e produtivos.
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