Um estudo que analisou dados de cinco hospitais do Rio de Janeiro concluiu que 77,5% dos idosos que sofreram quedas associadas a fraturas e hospitalizações entre 1998 e 2004 eram mulheres. Em 17% dos casos, o idoso morava sozinho.
A pesquisa, feita em conjunto pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, na Inglaterra, e pela Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz, investigou 414 quedas de pessoas com mais de 60 anos e concluiu que a maioria dos acidentes que resultaram em fratura grave ocorreu em casa, entre as 6h e as 18h. Destes, metade aconteceu no quarto ou na área externa.
Do lado de dentro, as quedas na cozinha foram as mais comuns entre as mulheres, enquanto os tombos no quarto foram mais frequentes entre os homens. Segundo os pesquisadores, o resultado reflete a falta de hábito que tem o brasileiro mais velho de cozinhar.
No mesmo estudo, observou-se ainda que mais da metade das quedas sofridas por ambos os sexos ocorreu durante o ato de andar. Apenas um quinto dos acidentes foi causado por tropeço ou escorregão e em somente 2% dos casos os sapatos de salto alto e os chinelos foram os culpados.
Esse dado, sugerem os pesquisadores, pode estar associado a problemas relacionados à idade, como fraqueza muscular e perda da capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo.
Segundo as instituições participantes, os resultados podem ser usados na prevenção de acidentes domésticos de outros países em desenvolvimento, cuja população envelhece rapidamente.

FRATURAS
Mulheres com mais de 60 anos de idade sofrem quedas mais graves do que homens da mesma faixa etária


Texto Anterior: Poucas e Boas
Próximo Texto: Rosely Sayão: Reflexões sobre a autonomia
Índice